Jogar no PSP é uma tarefa tranquila porém jogar no emulador pode ser um trabalho hercúleo, principalmente quando seu laptop é antigo e a placa de vídeo começa a engasgar no processamento mas o pequeno notável, do laptop, já tem 8 anos, ainda faz trabalhos de 3D em programas ditos pesados então o que está ocorrendo? Fora que jogar no emulador da margem para engasgos e perdas de frame rate onde baixa de 60 frames drasticamente para 12 frames e em um controle genérico de PS, esse sim me ajudou, fez o trabalho ser menor mesmo não deixando de sofrer com o espanca botões do jogo, ele sobreviveu. Além disso tudo também pode levantar o questionamento de "está pirateando" ou "isso é ilegal..." e foi para isso que escrevi, anos atrás, sobre desbloqueio nos consoles, e segue o link aqui, no próprio blog. Atenção: Tem spoilers durante o texto.
1 - A história por trás da aventura
Chains of Olympus conta uma outra história de Kratos, o Fantasma de Esparta, em busca de algumas respostas para se salvar do seu passado. Se redimir de seus pecados contra sua amada filha e seus tormentos que só ele entende é uma força que o coloca sempre em frente. A missão particular de seguir os deuses é sua única motivação para não desistir. Com ela invade locais levando desespero e morte aos seus oponentes.
O jogo começa na invasão de uma cidade que tenta se defender. A cidade tem influência Pérsia e é controlado pelos Árabes que fazem de tudo para evitar os ataques dos espartanos porém, a redenção do exercito não era o que Kratos queria. A rendição era humilhação demasiadamente grande para ser perdoada, e só a morte dos oponentes que eles poderiam ser perdoados. Dessa forma o jogo começa.
Kratos passa por uma determinada região até que uma catástrofe ocorre. O Sol desaparece do céu e o deus do Sono eterno surge fazendo todos entrarem em transe a partir da névoa do sono. Dentro da névoa, saem oponentes que atacam sem dó e só o fogo pode desfazer os efeitos dessa névoa. A missão do Kratos é vencer a névoa, desvendar quem trouxe essa bagunça ao mundo, restaurar o Sol no céu e descobrir e vencer o mandante desse problema.
A Deusa Athena, a narradora do jogo, conversa com Kratos via estátuas espalhadas por algumas poucas oportunidades nas fases e indicando o que fazer. Durante o caminho, Kratos encontra Persephone, esposa de Hades, que é a rainha do submundo. Persephone é a causadora de todo o problema. Ela quer liberar o Titã Atlas, de sua prisão no submundo, e junto a ele, destruir o suporte do mundo e eliminar os Olympianos. No meio do caminho se livraria do peso, indigesto e imposto por Zeus, de ser a esposa de Hades onde precisa viver enclausurada, por toda a eternidade, como a senhora do reino dos mortos, no submundo.
2 - Mecânicas
Chains of Olympus segue o que os outros jogos construíram antes. Andar, pular, subir paredes, bater em inimigos, destravar portas, mover alavancas, abrir baús, quebrar paredes, passar por longos caminhos e no final um inimigo bem poderoso que dá trabalho para ser vencido. Repetindo essa fórmula as fases vão passando, os cenários mudando, Athena contando detalhes dos acontecimentos e o jogador espancando o controle.
Basilisco, um dos chefes do jogo.
Até que alguns itens aparecem. Uma manopla gigante que concede força extra aos ataques; um escudo de luz que serve para desfazer alguns quebra-cabeças e rebater disparos; habilidade novas que ajudam no combate e a evolução delas ao expandir algumas magias, que auxiliam no confronto de grandes quantidades de inimigos combinados (o ataque com Ifrit é uma mão na roda) temos o que o jogo realmente é: um corredor longo e definido cheio de barreiras para transpassar e seguir em frente. De tempos em tempos uma plataforma mais estreita ou um teto para se dependurar e no final mais inimigos e outro chefe.
Neste jogo não há os raios de Zeus ou o Arco e Flecha mas o escudo, junto do ricochete, faz o trabalho de atacar a distancia criou uma mecânica interessante em relação aos anteriores. Uma outra adição foi uma grande quantidade de orbs para evoluir as habilidades. Antes de 75% do jogo já estava com todas as habilidades no máximo e o contador só crescia.
Outro detalhe importante foi manter tanto as Penas da Fênix quanto os Olhos de Gorgon como colecionáveis para expandir barra de vida e de magia com uma leve diferença: em vez de 6 itens de cada para expandir a respectiva barra agora temos apenas 5, ficou mais rápida.
Enfim tudo o que já haviam feito de volta no formato portátil da plataforma.
3 - Sonoplastia
O que foi de grande surpresa fora os sons. A dublagem continua impecável.
Caronte, na baralha contra Kratos
Athena e Kratos mantiveram seus dubladores enquanto Atlas tem alguma diferença. O dublador do Rei Pérsico não havia semelhante então era vós nova sendo acompanhado pela dubladora de Persephone também nova. Quem também tem destaque, mesmo secundário, é a filha de Kratos, Calliope, que mostra um lado humano ao manter um diálogo entre os dois.
Os barulhos dos monstros, de cortes, gritos, pulos, flechas, ataques, plataformas móveis... tudo continua igual e com um destaque para o hardware do portátil, um tremendo barulho para pouco tamanho e no fone de ouvido mais alto fica.
Outro fator bom são as músicas. A maioria não tem diferença em relação os jogos anteriores e com algumas poucas novas, onde os cenários são diferentes, há pouca variação que expanda o já bom repertório musical da franquia.
Em um determinado momento me pareceu que a dubladora / narradora era Gaia, do God of War 2 e 3, mas isso não fica evidente causando uma confusão com a vós de Athena. Na prática não perde o brilho da dublagem.
Os campos Elísios, Kratos e Persephone.
4 - Gráficos
A melhor parte do jogo depois das mecânicas fica por conta do quanto o jogo evoluiu em relação aos jogos originais de PS2. Muito mais detalhados. Apesar da iluminação das fases serem parecidas o que recebeu atenção especial foram os personagens principais.
Kratos, o rei pérsico, Calliope, Athena (nas estátuas), Persephone, o Basilisco no início do jogo, Caronte na região do inferno, Atlas, todos tem modelos que mostram o quanto a equipe evoluiu na técnica de modelagem. Atlas volta em jogo futuro o que mostra como os modelos são diferentes mas nesse jogo ele é o maior modelo animado do jogo, é enorme, imponente. Athena aparece pouco e de forma muito rápida, quase não é possível analisar devido as estátuas mas Calliope não havia aparecido além do God of War original e realmente tem um modelo trabalhado de forma convincente.
Zeus, Posseidom e Hades aparecem como estátuas que são destruídas (algo bem normal) e não mudaram muito com relação aos originais. Nos cenários os baús e orbs se mantiveram intactos e facilmente reconhecidos.
Persephone como a chefe do jogo.
Nos inimigos as animações foram trabalhadas para criar dificuldades durante o combate porém não mostram que são pequenos modelos ou foram reduzidos durante o processo. Os inimigos tem espadas, escudos, arcos e flechas. Todos detalhados mesmo numa tela pequena. No comportamento atacam de forma rápida e quando vem em bando tem uma leve pegada Dark Souls mas não são difíceis. Aceitável para o portátil.
5 - Conclusão: os acertos e erros
É um bom jogo. Mantém o jogador entretido durante as 5 horas de aventura. Tem os 4 níveis de dificuldade e para quem quiser jogar no mais difícil vai precisar jogar algum dos mais fáceis.
O acerto foi na qualidade da história e nos cenários. Mostrou regiões que em nenhum outro jogo, mesmo no submundo, Kratos não havia passado. Caronte, o barco no meio do rio Aqueronte (Styx no original), Persephone e o Basilisco foram adições interessantes. Destaque por mostrar o paraíso, os Campos Elísios e a torre que sustenta o mundo com Atlas preso no subsolo do submundo. Oportuno para acrescentar mecânica imprevista no meio do caminho.
Literalmente a imagem que Kratos tem ao chegar nos Campos Alísios.
Os erros foram poucos para o tamanho da aventura, duração e controles foram os mais prejudicados. Dependendo da parede os ataques não pegam. E mesmo precisando de 5 horas pra terminar, infelizmente é um jogo que sofre pois cansa muito rápido. Uma pena.
Enfim, no PS4, no PS Vita, no PSP ou no emulador, vai lá e joga. Fora o PSP, nos outros tem os troféus e a maioria é rápido pra se conseguir. Espere uma promoção boa na PSN pra comprar e curta vale pela história. Sinto uma pena enorme dos jogadores que pagaram preço cheio no lançamento. Custou bem caro pra pouco tempo real de aventura.
Até o próximo jogo.
Ass.: Thiago Sardenberg
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