segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Pirataria nos consoles – um tema recorrente que tem variados fatores e origens Parte 1


A grande indústria da tecnologia tem seus prós e contras e a cada nova invenção que alguém faz e divulga que está a venda e disponível para todos já mostra o interesse de alguém ou copiar ou se aproveitar e “entrar na onda”. Se no final de tudo houver alguém que falar “erramos todos, não estamos tão ruim assim...” é porque é um empresário que “foi na onda” com todo mundo. Se for alguém que errou em seu planejamento e joga para os outros a responsabilidade, é mau caráter mesmo e precisa descontar nos outros os seus erros.

No final das contas, todos nós vivemos no sistema capitalista de alguma forma e precisamos pagar as contas na virada de mês. Ganhar nosso rico e suado dinheirinho sem precisar recorrer a métodos escusos ou ilegais é a questão, como? Se existem tantos impostos, cobranças, desvios e outras formas de surrupiar alguns muitos valores, como fazer com que as coisas deem certo?

É aí, nesse ponto, onde tudo precisa dar certo, que os errados se aproveita. A desculpa? As mais variadas possíveis e não podemos ignorar que elas existe e são as mais esdrúxulas. Porém, existe um ponto que poucos falaram e precisa ser ressaltado: nem sempre é tão ruim assim.


1 – Onde o consumidor se viu beneficiado?

Não existe benefício a longo prazo, é errado e ninguém vai poder mudar isso. Pirataria, no mais bem definido sentido da palavra é “se apropriar de algo que não é seu, vender como se fosse seu, lucrar com isso e não repassar os devidos valores aos reais donos”.

Em questão de indústria de games, é ainda pior, porque estaremos falando de diversas patentes industriais (empresas, sistemas, programas, conhecimento, tecnologias) e isso acarreta numa quebra de retorno financeiro a longo prazo em uma cadeia produtiva tão grande que pode passar de 1000 pessoas de forma direta e indireta facilmente. Desde quando a pirataria é boa?

Além de manchar toda uma indústria, quem se beneficia disso são os próprios geradores / financiadores dessa pratica infeliz (isso vale tanto para os hackers, quanto para quem vende, quanto para quem consome e para quem baixa e grava sozinho as mídias sem pagar nada).

2 – Alguns argumentos que existem vindo dos possíveis envolvidos!

Há quem diga que não pode pagar pelo original porque é caro e inviável. Mesmo que seja e tenha lá seu alto valor agregado, não é para fazer de uma pratica errada algo comum. Até porque, quem estará certo num local onde “regras claras” não são tão conhecidas?

Há quem diga que precisa trabalhar, estava desempregado, estava no desespero e ficou nesse “bico” como forma de complementar o orçamento da casa até arrumar outra coisa. Realmente isso pode ocorre. Ninguém está falando que é errado trabalhar, pelo contrário, super justo o argumento, mas precisa fazer a coisa errada dar certo e deixar outros sem seu rico dinheiro?


Há quem diga que achou tudo na internet, facilmente e que não sabia que era ilegal. Ok, é verdade. É possível achar quase tudo na internet. E aqui é que mora nossos principais problemas, soluções, situações e uma infinidade de motivos e falas favoráveis e contrárias as tais praticas.

Outros fatores são que bons programadores se desafiam o tempo todo. Existem os que estudam muitas linguagens e sistemas, e afim de superar um desafio qualquer que existe. Alguns também são confrontados por outros para descobrir como desbloquear os consoles e criar home brews que facilita a vida dos usuários.

Resultado disso tudo? Uma constate evolução das plataformas, dos sistemas, das capacidades de resolver problemas por parte das empresas e principalmente, o desafio que move os hackers do mundo todo para saber quem são os melhores.

3 – Quem sofre mais: a indústria, o comercio ou os consumidores?

A indústria sofre sim. Montadoras, fabricantes, criadores, estúdios, empresários, estudantes, faculdades, estagiários... Todos são prejudicados em algum ponto quando ocorre a pirataria. É uma cadeia produtiva dentro do sistema capitalista. O sistema preza pelo lucro e é assim que ele será para sempre ou até que alguém louco o bastante crie algo que não tenha dinheiro envolvido e possa gerar lucro (lucro é um outro fator do dinheiro existir).

Em algumas revistas especializadas e sites de jogos, já foram feitas varias vezes, matérias sobre a essa prática. Alguns se posicionam contra, enquanto outros não se posicionam. Geralmente, existe uma posição contraria a pirataria e devido ao comercio e a boa indústria (a legalizada e dos originais) e por ser serem as principais prejudicadas, as mídias não podem opinar de forma muito invariável. É preciso defender os empresários se não ficarão sem trabalho e pronto.


Contudo, com a atualização constante dos sistemas digitais, com a necessidade de criar as contas de usuários, o acesso quase permanente a internet (nos consoles), mídias cada vez mais bem trabalhadas para evitar copias não autorizadas estão ajudando a combater parte da pirataria. Graças a evolução dessas tecnologias, como um todo, e com a popularização das lojas digitais (em suas promoções pra lá de boas e favoráveis a venda de originais) o poder da mesma tem se reduzido de alguma forma entretanto ela continua a existir.

Dessas situações de controle (online dos sistemas) e a melhoria de equipamentos que com o passar dos anos foram ficando mais avançadas geraram dificuldades para não serem desbloqueadas, infelizmente surgiu também as “contas de assinantes” para controlar e saber quem causa / faz essas ações ilegais de forma constante impedindo as boas praticas.


Com a popularização dos jogos online, a situação melhorou e a autenticação das mídias, dos usuários e das contas evita que se fique imune as penalidades (o banimento ao sistema é o mais odiado porém o mais utilizado atualmente pelas empresas).

4 – Outras formas de sair prejudicado

O que tem ocorrido de forma muito intensa porque os próprios jogadores querem se beneficiar de alguma forma dentro daquele contexto ou situação em que se encontra é a popularização de algumas ferramentas ilegais.

As empresas sabem que alguns muitos jogadores não sabem jogar e se sentem prejudicados e por isso trapacear os que sabem jogar. Os bons e a mais tempo no ritmo de jogo também são responsáveis porque massacram e tiram o jogador novato/fraco/ruim das jogadas porque não causa o desafio esperado além de desagradar os mais fortes.


Quando todas essas praticas juntas, se tornam mais fáceis de causa e verificar modificações dos jogos e consoles (os hackers são bem responsáveis por isso) acrescentar programas ilegais ou não oficiais que tragam benefícios aos jogadores criam brechas para os “pirateiros” continuar a pensar e executar formas de burlar a diversidade de sistemas que existem.

Além de existir um desafio por trás dessas praticas de que alguém quer / deve superar para ser melhor que algum outro. O slogan da Petrobras “o desafio é a nossa energia” cai bem para esses caras e de certa forma é por aí que mora a ação deles.

Felizmente, a indústria sabe disso e além de aprenderem e a chegada dos novos sistemas, enquanto os antigos começam a ficar obsoletos, o movimento natural de mudança de geração é uma forma de controlar e reduzir parte dessa infame ação excessiva da pirataria.

Até a próxima parte nesse link...

Um comentário:

  1. : Sinto falta da época do Famicom, Super Nintendo e o N64, assim como também o mega drive, tudo era cartucho, quase impossível de piratear! Playstation 1 foi o mais pirateado que o 64 pq usava Discos. N64 quase não teve pirataria...
    Eu sou pós e contra ao mesmo tempo sobre essa questão de pirataria. Pós no sentido de protesto mesmo quando um game é realmente caro e não tem necessidade de ser aquele preço. Já contra quando pirateiam tanto games quanto filmes que são à preço justo e NÃO tem como ser menor.
    Hoje os filmes (não blu-ray e HD) são em torno de R$20. Não é possível que você não consiga comprar um filme por 20 Reais hoje.

    Games ainda realmente é uma questão meio complicada, porque diabos eu pagaria por um game de 120 ou 240 reais? Com 240 reais eu conseguia comprar um Nintendo DS Lite e até sobrava um troco.

    Games aqui no Brasil também sempre foram caros. Na época do nintendo 64 me lembro vagamente que os games eram em torno de 120 ~ 90 reais... Eu até tinha vários cartuchos originais, mas não tinha como pagar pelos mais caros, então simplesmente eu alugava nas locadoras.
    Quando tive o PS1 comecei a ter mais games piratas mas mesmo assim ainda eu continuava a ir nas locadoras mas a frequência diminuiu.

    Games podem ser populares aqui no Brasil mas a questão de pirataria ainda incomoda bastante.
    Quando lançaram o New Super Mario Bros pro Nintendo DS, muito antes de chegar o game original, já havia o arquivo do jogo que podia ser baixado na net. Isso foi acho que em 2009 ou 2005 sei lá, numa matéria que li. Isso porque os games do Super Mario realmente são caros só porque é uma série popular. Uma vez comprei o Super Mario 64 DS na internet por R$100, o preço mais baixo que tinha...
    Desanima mesmo aí vem a questão da pirataria.

    Acho que títulos de games (até os populares) lançado para PCs é que ganham mais. PC nunca foi descontinuado como os consoles de antigamente, somente atualizado com o tempo.
    Vejo títulos a preço de 40 ~ 70 reais. Muitos games ainda podem ser jogados se vc atualiza o PC, por exemplo. Jogo Doom 3 desde a época do Windows XP e até hj consigo jogar no meu Windows 7 a até consegui jogar no 8 uma vez. Agora se vc tem um game de Playstation 2 e quer rodá-lo no seu Playstation 4, você não vai conseguir e muito menos um game de Play3,, pois o console não tem compatibilidade.
    Eu acho realmente muito difícil ver pirataria nos games de PC, existe, mas é bem HARD. Um outro exemplo, já comprei a versão do Earthworm Jim 3D para PC e foi apenas 15 reais e é melhor que a versão do Nintendo 64. O Prince Of Persia The Sands of Time do PS2 que também consegui pra PC, gastei apenas 20 e poucos reais e o game é uma obra prima! E os dois discos são Originais!

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