segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Pirataria nos consoles – um tema recorrente que tem variados fatores e origens Parte 2

Se chegou aqui por uma pesquisa comum, clique nesse link para ler a 1ª parte.

5 - Outras informações e curiosidades

Para quem pensou que na época dos cartuchos era mais complicado ter produto pirata isso é mentira. Existiam sim, diversas formas, mas eram mais complexas de serem trabalhadas. Com acesso restrito a informação (internet não existia ou era muito rustica, lenta e de difícil busca) essa pratica não eram tão comum.

Hoje, talvez o R4 de Nintendo DS seja o mais famoso porém existe também o Every Drive 64 (um cartucho especial que lê cartões SDs de 4G e pode ser usado no vídeo game), os desbloqueios do GBA (também com leitor de SD), os home brews do PSP e do Wii são bem famosos.

  


Enquanto o PS2, o GameCube (no cubo também tinha outro método de desbloqueio) e o XBOX 360 precisava de um chip especifico ser instalado em suas placas, no Dreamcast e no PS 1 era preciso um disco de desbloqueio. O Xbox original era via programação e um dos desbloqueios do Wii também permite isso. No PS3 existe apenas o Home Brew e algumas opções direto no firmware por isso é preciso procurar muito como fazer o trabalho certo (ou para aquele amigo que diz saber se faz direito ou não e correr um risco bem grande).

Desbloqueio do Dreamcast

Com o advento dos CDs, a popularização dos DVDs e a chegada de gravadores de discos cada vez mais baratos, uma internet mais rápida, estável e facilmente acessível, o desenvolvimento de tecnologias de compactação e retransmissão de dados, buscadores mais eficientes para achar o que se procura e muitos fóruns, grupos e sites específicos sobre “como desbloquear o console X ou Y” a situação da pirataria se tornou mais dinâmica e presente no dia-a-dia.

Desbloqueio do GameCube - Xeno


6 - Nas gerações passadas, mesmo sendo errado, elas ganharam espaço...

Bem verdade que com a pirataria o PS1 o PS2 e Xbox 360 foram consoles específicos que sofreram muito para evitar os hackers. No PS1 era até bem complicado de se evitar a pirataria porque nem acesso a internet tinha direito, imagina atualizar um chip? Complicado.

Então, graças a ela, franquias bem famosas hoje como International Superstar Soccer, Metal Gear Solid, Final Fantasy VII, Tony Howks, Resident Evil, Yu Gi Oh, Digimon, Spyro the Dragon, Street Fighter Alpha 3, Driver, Crash Bandicoot, Megamen X, Gran Turismo, Silent Hill, Medal of Honor, Tekken, GTA, Animusha, Tomb Rider, Castlevania, são franquias que hoje mostrar a força que tem devido a uma boa origem num console que foi nem pirateado.


O PS2 foi realmente sofreu muito com a pirataria mas se saiu como beneficiado. Além de ser um versátil (jogos e vídeos em uma única mídia) e super popular, teve uma quantidade de títulos muito variado. Ele passava desde os infantis até os adultos, esportes, guerra e RPG, e os de terror e de filmes que muitos gostam bastante. Sem falar na quantidade absurda de consumidores espalhados pelo mundo que gostam de jogar com os amigos em suas casa ou reuniões de jogatina e a retrocompatibilidade. GTA, FIFA, Black, Dragon Quest, Final Fantasy X, God of War, Kingdom Hearts, Metal Gear Solid 2, Prince of Persia, Okami, Winning Eleven, Ratchet & Clank, Sly, Shadow of Colossus, Yakuza, Xenosaga, Persona, Twisted Metal. Teve bastante jogo que ganhou terreno na popularidade dos jogadores que fica complicado de saber se eram bons ou ruins mas divertiram milhões no final de tantos anos de console.


Na geração seguinte, por ser muito fácil arrumar mídias (os discos físicos) e com a internet cada vez mais rápida, o XBOX 360 sofreu com a pirataria. Era o mais novo console e ganhou terreno da concorrência rapidamente e foi quem superou e estipulou as regras para banir e atualizar o sistema via rede. Onde começou com a loja online do console e evitou que a pirataria tomasse conta da sua rede interna diversas vezes por ter um sistema pago e atualizado toda a semana (e com constantes ataques DDOS entre outros aos servidores direto). Teve seus méritos para alcançar uma parte da fama que carrega e ter mostrado a indústria como superar os desafios dos pirateiros. Seus melhores jogos sem duvida alguma são os jogos de guerra como Call of Duty e Battlefield mas outros que venderam bem são Halo, Forza, Fable, Ninja Gaiden, FIFA, Need for Speed, Dark Souls, GTA 4 e GTA 5, Skyrim, Batman, FarCry, Injustuce, Assassin’s Creed, Rayman, Bioshock, Alan Wake são os carros chefes do console depois de 10 anos de estrada (e ainda é retrocompativel com o irmão mais velho).

Desbloqueio do Xbox 360 - Jteg

No final a Nintendo, quem chegou com uma mídia exclusiva no game cube não sofreu tanto com a pirataria no seu console em forma de forno mas no seguinte, com uma proposta bem diferente da concorrência e apelo popular diretamente nos consumidores não jogadores, ganhou muito terreno em pouco tempo e foi uma das mais prejudicadas e beneficiadas com a pirataria. Era possível usar chip ou software para desbloquear o console. Dependendo de como fosse o desbloqueio era tão bom que o jogador não perdia o acesso a loja do console e precisava de mídia externa para jogar, bastava conectar ao console um HD externo para carregar os arquivos via USB e os jogos rodavam sem mídia alguma. Os jogos mais populares do console obvio, franquia Super Mario, Mario Kart, Mario Party, Rayman Raving Rabbids, Zelda, Super Smash Bros, Monster Hunter, Donkey Kong, Red Steel, Epic Mickey, Just Dance, Silent Hill, Tatsunoko vs Capcom, Resident Evil e todos os jogos do Virtual Console e Wii Ware que eram bem vendidos regularmente.

Desbloqueio do Wii

Alguns fatos curiosos são as características técnicas dessa geração do "desbloqueio"

7 – Veredito:

Sabemos que a pirataria é sim algo ruim por diversos fatores e origens. Causa dano financeiro as empresas que trabalham com tecnologia e no final só prejudica os bons e honestos jogadores porém até que ponto ela é ruim mesmo?

Colocando um caso real vou deixar a duvida não favorecendo a pirataria mas induzindo você leitor, a refletir bastante sobre o assunto. Quando eu tenho um console, que já está fora de fabricação e do mercado, com mais de 2000 jogos diferentes para jogar em uma vida útil de mais de 10 anos, que sofreu com a pirataria mas vendeu muitas unidades (mais de 100 milhões de unidades), tem jogos lacrados sendo vendidos no mercado livre e outras lojas online mas que custam um preço inviável a grande maioria... eu, como consumidor, que posso fazer uma escolha para continuar a jogar e tendo consciência que é errado porém não acho o jogo que quero ter ou jogar porque está fora de fabricação ou das lojas, como posso fazer ou o que posso fazer para ter acesso a eles?


A intenção desse texto era exatamente essa, gerar uma reflexão bem particular e consciente dos prós e contras da pirataria, sem deixar de ressaltar os principais pontos que muitos tentam nos falar mas não podem por diversos fatores.

Lembrando: só consuma produtos piratas quando todas as alternativas ou a maioria dessas alternativas de consumo legal forem esgotadas ou as possibilidades existentes forem inviáveis, até lá, consuma o jogo oficial (loja física ou rede online, com ou sem promoção) para não morre na praia correndo riscos de perder seu console favorito por desleixo meramente seu e que pode ficar mais caro um conserto para arrumar um desbloqueio do que um novinho zerado.


Boa semana a todos e obrigado pela leitura.

Até a próxima postagem...

Ass.: Thiago Sardenberg

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