domingo, 6 de outubro de 2019

God of War 2 Remaster – PS3 - Voltando a Grécia para enfrentar Zeus...


Para quem não quer saber de spoilers, PARE! Para quem quiser ler sobre o jogo anterior clique aqui.

1 – Pressupostos

Quando o jogo “God of War” original termina com a morte de Ares o jogador tem aquela sensação de “dever cumprido” porém isso também gera uma outra sensação de “quero mais” que poucas histórias conseguem entregar. O jogo seguinte, God of War 2, começa exatamente quando Kratos precisa evitar que a Grécia seja destruída pelos deuses do Olimpo e, em contra partida, perde sua divindade e seus poderes para se salvar da aniquilação promovida por Zeus a si mesmo.

O jogo começa com uma série de ofensivas contra o jogador e este precisar se defender dos invasores. Como ele tem todas as habilidades desenvolvidas até o final do jogo anterior, a maioria dos oponentes é fácil. Até chegar a um gigante metálico, Colosso de Rodes, que não sofre tantos danos de seus ataques. Quando consegue adentrar o Colosso e com a ajuda da espada do Olimpo o vence porém sua divindade é sacrificada para tal ato.


A busca por vingança contra Zeus, o pai do Olimpo, e Athena, sua filha, que manipula todos, é o pano de fundo da raiva de Kratos enquanto novas manipulações ocorrem ele descobre que precisa encontrar as três irmãs do destino. Descobre também que para vencer Zeus e se livrar do peso que seu passado o deixa, em uma verdadeira e atormentadora dor íntima infinita, precisa superar novos desafios até encontrar tudo o que precisa.

Durante o caminho Kratos passa pelos Titãs e adquire novas habilidades úteis. Descobre que Gaia é quem realmente precisa de ajuda, é a real “manipuladora” dele que o coloca no caminho de sua vingança contra Zeus. O objetivo de Gaia é vencer o Olimpo na guerra antiga porém, naquele tempo, os Titãs perdem e a vingança de Kratos não pode ocorrer em definitivo.

2 – Jogabilidade e personagens marcantes

O jogo é um Beat 'em up, ou seja, bata em todos e passe por cima dos oponentes para continuar a andar, é um gênero de jogo eletrônico bem conhecido por seus semelhantes como Street of Rage e Tartarugas Ninja da geração 16 bits e Castlevania Lord of Shadows e Byonetana geração do PS3. God of War compartilha a maioria dos movimentos e maneiras de se jogar que esses jogos tem em comum e fazem sucesso pela sua objetividade simples.

A aventura, na pratica, é uma jornada em busca de novas habilidades e armas que serão úteis para vencer poderosos oponentes que desejam, a todo custo, impedir o jogador de avançar. No meio desse caminho alguns quebra cabeças para resolver como puxar alavancas, realizar saltos mais longos e precisos, usar a habilidade de reduzir a velocidade do tempo para superar obstáculos, empurrar e puxar objetos que servem para ativar botões no solo vão aparecendo ao mesmo tempo enfrenta personagens mitológicos.


Enfrentar os personagens memoráveis como Perseu, Teseu e Ícaro como humanos presentes nas histórias da mitologia é interessante. A rainha górgona Euríale está no local da Medusa (que apareceu no original e tem a habilidade de petrificar os inimigos). As irmãs do destino Láquesis e Átropos são enfrentadas em uma batalha dupla e logo depois com Cloto, a mais forte das irmãs, é preciso paciência para vencer e aprender os segredos que a torna a mais chata dos grandes oponentes do jogo.

Passa por alguns outros personagens como Ciclopes, o demônio do mar de Posseidon Kraken, e até a ave mitológica Fênix, que serve de montaria para se alcançar o tempo do destino – onde se encontram as três irmãs do destino– é um trabalho e tanto para o jogador.

Com Perseus adquire o escudo reflexivo que serve para se passar de uma etapa do jogo, esbarra com o capitão do navio do começo do jogo original - e foi engolido pela Hidra gigante - e o Rei Bárbaro do God of War - a qual o sacrifício de Kratos ocorre para sobreviver aos bárbaros e se torna servo de Ares - de quem ele vence outra batalha e lhe toma o Martelo Bárbaro adquirindo uma nova arma mas não tão útil assim.

Outras habilidades são o “parry” que rebate os projéteis, e antecede a postura de defesa para evitar ataques contínuos fortes, o arco e flecha de magia e a fúria dos titãs, a mais útil das habilidades entregue por Atlas. 

Os titãs apresentados nesta aventura são apenas dois. Gaia – que atua como narradora do jogo e Atlas porém, outros titãs, que não tem seus nomes definidos, aparecem em animações específicas e voltam no terceiro capítulo.


3 – Sonoplastia

O jogo é totalmente dublado e para uma obra desse porte, a dublagem tem um efeito imersivo impressionante.

Cada personagem da aventura: Perseu, Teseu, Ícaro, Láquesis, Átropos, Cloto, Athena e Zeus, inclusive os menores, tem seus próprios dubladores com seus trejeitos e formas de falar de acordo com suas respectivas idades. Quando o personagem é idoso a vós é mais cansada enquanto os jovens tem mais força e ênfase no timbre do dublador.

Kratos manteve o dublador original que regularmente está ou gritando ou gemendo devido a tanta pancada que leva e o jogador acaba por morrer.

Os titãs também tem dubladores interessantes que mostram sua imponente forma gigante e força nas suas vozes durante os diálogos.



As armas e as habilidades também tem seus sons característicos. Enquanto o barulho muda de acordo com o terreno passado ou na parede/teto escalados – o uso das laminas do caos é interessante nesses momentos – os inimigos tem seus grunhidos enquanto os grandões tem gritos marcantes.

Demônios, Kerberos (vários deles), harpias (muitas delas), pássaros e insetos (uma infinidade) tem seus barulhos específicos e dependendo do ataque que será realizado este som muda. Até os inimigos com explosivos – inovação no jogo – também tem seus barulhos quando as bombas os atingem.

As músicas estão mais imponentes e marcantes do que na primeira aventura. O uso das orquestras e dos tons menos graves, com um coral de fundo representativo, é mais evidente. Em contra partida a sensação de repetição é implicante pois tem pouca variedade e nos momentos mais importantes do jogo, nas batalhas de chefes, parece que só existe uma música no jogo.



4 – Evoluções 

Uma perda de qualidade irresponsável foi o uso de poucas músicas mas não restringe a qualidade desta obra.

Tudo, desde os inimigos, aos cenários e o próprio Kratos receberam melhorias impressionantes.
Novas habilidades foram colocadas para substituir as antigas e novos movimentos como: derrubar pilares, as bombas usadas por inimigos, a função de gancho para se agarrar, a pausa do tempo, o martelo, a lança, o medalhões e outros itens que não apareceram no original ganharam destaque.
Abrir as portas, independente de qual seja a porta, ficou mais rápido e fácil. O melhor uso dos botões e menor quantidade de vezes que o “espanca controle” ocorre, característico dos jogos do mesmo gênero que God of War pertence, ficou melhor.

Evoluíram o que era bom, eliminaram o que era péssimo e deixaram muito melhor e mais equilibrado o que era eficiente.

5 – Caça-prêmios 

Para quem quiser um conjunto de 35 troféus com a infame platina vai precisar zerar mais de uma vez em mais de um nível de dificuldade. Para quem quiser aumentar só o número de troféus da sua coleção é um jogo curto e relativamente rápido com mais de 65% deles desbloqueados durante uma partida só do inicio ao final do jogo em pouco mais de 10 horas de jogo. Quisera eu ter mais paciência para platinar mas os 27 troféus da jogada valeram o investimento de tempo porque a aventura é muito bacana.


6 – Conclusão 

O jogo dá o devido salto de qualidade que a produção permitiu em mais ou menos dois anos de diferença entre eles. Com o iminente lançamento do PS3 na época (o terceiro console da família PS é de 2006 e o GoW 2 chegou no final da vida útil do PS2 em 2007) mostra o quanto a tecnologia usada na produção e a qualidade técnica da equipe evoluíram de um projeto para o outro. Evidencia a idade do hardware que já chegava ao seu limite. Devido a mídia usada não teve mais conteúdo devido a espaço e como existiam extras consideráveis no segundo disco o jogo é um marco na vida desta plataforma.

Superando todas as expectativas que o jogo original causou sua sequencia mostra como uma equipe consciente dos desafios e coesa nos objetivos pode crescer com o tempo e trabalhos apresentados na mudança de projeto. Tanto a narrativa como sua dublagem, passando pela diversidade gráfica e das mecânicas apresentadas foram acréscimos relevantes ao projeto que o torna muito melhor que o original. Mesmo sendo levemente mais curto que o primeiro não deve nada nos quesitos principais.


As batalhas contra os chefes poderiam melhorar pois só algumas são memoráveis. Vamos verificar como elas ficaram no terceiro jogo...

Até a próxima análise.
Ass.: Thiago Sardenberg

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