quinta-feira, 18 de agosto de 2016

O que fazemos para continuar em frente

Façam suas escolhas, não importa qual seja, aprenda as outras também.


Desde o inicio da faculdade, lá em 2004, tive a oportunidade de aprender muitas coisas. Desde então, nunca parei para refletir o quanto eu aprendi nesses 12 anos de estudos. Antes de começar venho lembrar de alguns fatos curiosos...

Em 1996 tive a oportunidade de fazer um cursinho simples de informática básica. Não sabia coisa nenhuma. Vim a aprender um pouco de DOS e o antigo Windows 3.11 (o Windows que veio com acesso a internet). Junto dele veio um tal de MS Office com o Word e o Excel juntos.

Após isso o final do ginásio e o 2°grau inteiros me ocuparam bastante e o tempo rendendo menos para atividades extra escolares pouco aprendizado para os softwares tive naquela época. Entretanto, não perdi a oportunidade de fazer um ou outro curso e foi um de manutenção de computadores que me ajuda até hoje a fazer pequenos ajustes nos meus equipamentos caseiros. Não sou o técnico mas sei mexer os palitinhos pra arrumar algo.

Quando cheguei a faculdade foi aquele salto de aprendizagem. Durante os 3 primeiros semestres estava fazendo um outro curso de informática mas era focado em web design (coisa que nem uso mais no meu dia-a-dia). No meio do caminho, um tal de Medina (não o surfista mas o cara por trás do Rock’n’Rio) veio a me ligar porque o meu medíocre e infinitamente pequeno CV parou nas mãos dele.

Uma feliz e inesquecível conversa com Medina. Com certeza ele não se lembra.

Numa conversa no fim do dia, após as 19 horas, numa sala da faculdade onde o sinal de celular não costumava ser bom, houve a conversa com o Medina e ele me recomendou estudar os programas de vídeo da empresa Adobe. Com essas ferramentas novas oportunidades haveriam de ocorrer. Porém, naquela época, não tinha a mínima ideia de como fazer isso e preferi ignorar a recomendação, até a hora certa chegar. Com o avanço da faculdade de Design, aprendi algumas novas ferramentas, novas maneiras de usa-las e nos estágios que a vida me fez passar, aprendi mais ainda (sofri bastante, errei muito mas aprendi coisas bem importantes).

Em 2008, consegui fazer um curso no centro da cidade lá no INT e de novo o 3D. Já havia passado por outro programa mas não continuei a estudar por falta de tempo e algum desinteresse externo (causado por outras pessoas na época) e em 2010 outras vez, o 3D me dava as caras com um famoso programa de arquitetura muito usado no mercado (pouco depois veio uma das minhas irmãs e passou para arquitetura na faculdade).

Após formado, no final de 2009, vieram outras chances de aprender novas ferramentas e com elas apareceram novas oportunidades. Em 2010 comecei uma pós onde a ferramenta principal era o Excel. Sempre fui péssimo em matemática e até que ele me ajudou a entender algumas coisas bacanas de formulas que hoje uso com certo costume.

Um caminho percorrido sem esquecer o mais importante, o quanto aprendemos no processo.

Veio então o grande salto em 2012. De novo, o 3D me aparece e mostra como fazer os trabalhos melhorarem. Já havia interesse meu em reaprender essa coisa, e também com varias tentativas feitas e nenhuma delas houve êxito ou o devido sucesso, estava na hora de acertar a mão definitivamente.
Aprendendo novas ferramentas 3D e antigas ferramentas 2D consegui estabilizar o conhecimento com uma monitoria pequena mas que me ensinou muitas coisas de sala de aula e como dar aula, segui em frente. Em 2012 também, fui trabalhar numa gráfica e lá realmente aprendi impressão.

Coisa que a faculdade me ensinou bem mas só aprendi direito foi na pratica do trabalho e sendo diretor de arte e executor desses trabalhos, aprende-se muito mais na marra do que em sala de aula com pequenos trabalhos obrigatórios. Fiquei pouco mais de 8 meses antes de ir para monitoria de sala de aula e aprender a, enfim, dar aula.

Em 2013 um novo e inevitável salto ocorreu. Comecei a dar aula profissionalmente. Eram muitas coisas para ensinar. Vários cursos feitos. Especialização completada. Já formado. E tendo trabalhado em publicidade, revista e estúdios de design. Alguma hora acertaria na profissão e estava tentando.
Desde então, não parei. Em 2014 um bom treinamento em ferramenta já conhecida porém pouco explorada nas sua totalidade foi feito e aprendi coisas novas. Na virada de ano novos programas, os tais de vídeo recomendados por Medina anos antes. Incluindo um concorrente.

Com o passar desses aprendizados, uma outra curiosidade ocorreu. A vontade de aprender os programas gratuitos que faziam as mesmas coisas que os programas pagos porém não eram tão bem vistos. Mesmo assim corri atrás e em 2016 esses programas foram definitivamente aprendidos.

Esses foram os programas aprendidos nos últimos 12 anos.

Nesses anos todos aprendendo coisas das mais variadas uma delas se tornou evidente: não importa o tamanho, a dificuldade, como se usa ou para que servem esses programas. Todos eles passam pelos mesmos princípios básicos. Se aprender um ou dois deles automaticamente saberá mais ou menos as outras, só dependendo de você ‘aluno/estudante/interessado’ de aprender suas diferenças e formas de trabalhar para seguir em frente.

No futuro, inevitavelmente, haverão muitos profissionais no mercado e poucos deles serão os bons. Ou serão aqueles que são ótimos em poucas ferramentas (e saberão se virar nelas literalmente) ou aqueles que se adaptarão as mudanças (e passarão por diversos treinamentos para aprender novas e não tão famosas ferramentas para continuar seus trabalhos).

Como sendo designer profissional, só me resta uma alternativa, boicotar os valores impeditivos da Apple, as cabeçadas irritantes da pentelha Adobe e a inevitável evolução do Windows 10 se tornando uma plataforma fechada e reclusa para poucos. Linux pode ser uma solução porém não vou deixar de aprender a usar as outras ferramentas e sistemas também.

Ass.: Thiago Sardenberg
Até a próxima semana pessoal.

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