quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Castle of Illusion – Staring Mickey Mouse - versão 2013 e em HD


O Segundo personagem mais antigo de Walt Disney faz sua participação num jogo cheio de nostalgia e magia (segundo os padrões da mesma empresa). Sem muita violência ou alusões a ela, numa aventura típica dos jogos dos anos 1990 onde andar de um lado para o outro era a regra. Algumas muitas plataformas para subir e se apoiar te levavam ao final de cada cenário. Depois de alguns vem um cara irritado e nervoso (o chefe como os conhecemos) e quer vencer o mocinho (o jogador) para mostrar “quem manda no pedaço”.

1 – Origens em uma década de ouro

A empresa japonesa Sega, durante as décadas de 1980 e 1990 tentou e conseguiu bater de frente com a toda poderosa Nintendo, também japonesa, pelo corações dos jogadores da época, que sabiam o que iriam encontrar em suas respectivas plataformas. Entretanto, enquanto a Nintendo tinham nas suas franquias os motivos para os consumidores escolherem seus consoles, a SEGA tenha parcerias importantes para forçar uma troca justa de plataforma.

Dessa maneira, a década de 1990 foi regada a bons jogos e boas iniciativas em inovações que perduram até hoje em criações recentes que representam o que houve de melhor naquela geração: criatividade, diversão e simplicidade.


Castle of Illusion foi uma feliz incursão de Mickey por uma aventura num castelo (que deveria ser grande) e com uma bruxa malvada no seu controle. Essa bruxa que queria ‘roubar’ a juventude e beleza da Minnie e voltar aos seus lindos tempos de jovem. Como Mickey é o herói, coube a ele salvar a donzela, vencer a bruxa numa ‘luta’ mortal e ver sua amada de volta. Mais clichê que filme antigo em um romance pra lá de previsível? Melhor é impossível.

2 – Gráficos e mecânica recauchutados para a alegria dos mais nostálgicos

Os gráficos foram os que sofrer as reais repaginadas em um digno remake de mais de 20 anos. Saíram os desenhos pixelados e bem coloridos da época para a entrada de modelos 3D em perspectiva que enchem os olhos da garotada de hoje.


As mecânicas da década ao qual o jogo representa, foram mantidas. Muitas plataformas, inimigos, itens simples para pegar uma simples barra de vida para mostrar ao jogador ‘cuidado você está levando dano!’ Um combinado de pulos e arremessos fazem os inimigos desaparecem e poucos segundos depois voltarem como se não tivessem sido eliminados.

Ao final de cada desafio simples que as fases passam, o jogador chega a uma porta de saída (ou algo semelhante a ela) e completa a fase com pontuação e quantidade de vidas perdidas para saber o seu score final. Podendo voltar depois para pegar os itens que falta (e não fazem diferença no decorrer da aventura) ou se desafiar a fazer o menor tempo naquele percurso.


3 – Músicas de um gênero que fez época e dublagem...

Durante a jogatina rápida de até 6 horas, o jogador passará por cenários que seguem a risca o roteiro da época. Fases de floresta, de água, num calabouço ou nas nuvens... Tem um pouco de tudo (mesmo faltaram cenário de gelo ou fogo não fez diferença pois não é a proposta). Com essas passagens o jogador é guiado pelo áudio da descoberta e diversão constante.

Junto as músicas de cada fase, o narrador da história conta o que acontece (sem legendas infelizmente para quem não consegue acompanhar o ‘diálogo’ e não souber a língua inglesa), enquanto Mickey reage ao que ocorre no cenário, se assusta e costuma comentar realmente que está em perigo enquanto  o jogador faz o resto.


Minnie não tem uma dublagem, apenas uma rápida aparição no final da aventura. A bruxa em si fala bastante e também só na fase final. Até lá o narrador e Mickey vão quase conversar entre eles durante o percurso dentro do castelo.

O áudio ganha um real destaque com o narrador que conta boa parte do que acontece. Desde o inicio, fica claro que a intenção é ser algo mais artístico, tipo um contador de história, que Disney faz o tempo todo em suas animações de seus personagens principais.

Uma pena não ter dublagem. Ela é simples e bacana. Ajudaria os brasileiros a entenderem o que está ocorrendo. Mesmo não impedindo de fazer o progresso (ele é muito lógico) fica faltando alguma coisa. ”Porque esse cara tá falando no fundo?”

4 – Desafio fácil e rápido, para os novatos do gênero e crianças curtirem o conteúdo


As mecânicas de jogo não são complicadas. Rápidas de serem aprendidas, na pratica são só direcional e 2 botões de ação (pulo ou arremesso).  Os inimigos morrem com uma quicada na cabeça ou com um arremesso de algum item especifico da fase.

O que realmente atrapalhou foi a precisão dos controles. Muito ruim. Algumas muitas vezes morri de bobeira não por não saber jogar mas pelo controle (ou teclado ou joypad) não responderem ao comando pedido. Usei um controle de PS3 via USB emulando o de XBOX 360 e não fez diferença nenhuma. Eles falham de qualquer forma.

O pouco que joguei no inicio, antes de mudar para os controles foram no teclado que também falha bastante e deixa o jogador mais estressado do que interessado no jogo.


5 – Conclusão

Vale o quanto custa? Não. Vale comprar em promoção? Só se gostar muito do personagem. A aventura em si é só para os baixinhos. Os avós e pais que nunca jogaram podem gostar por ser simples e rápido. Ajuda a ficar perto da criança que gosta de pegar no controle e jogar de tudo.

Se quiser jogar na casa de um amigo que tenha no console ou no PC e puder jogar durante umas 5 horas seguidas, vai deixar claro que zerou sem fazer muito esforço. Gastei pouco tempo e não me arrependo de ter jogado porém poderia ser um pouco mais longo (uns dois mundos específicos para expandir a já cansativa exploração do cenário mas que fariam sentido no total de jóias que o jogo tem para recolher).


A versão PSN estava em promoção e custava 7,00 nela. Além de muito, mas muito curto e sem acréscimo no pós jogo é um produto de nicho muito especifico. Fãs da Disney vão falar que é maravilhoso (graficamente falando sim, ele é) mas pela aventura? Passe longe. A dificuldade é o que menos importa nesse jogo. Fiquei na versão de PC mesmo que foi mais vantajoso.


Capa original do cartucho de Mega Drive (Brasil) Sega Genesis (USA)

6 - Considerações finais

Em determinadas passagens do jogo me fez lembrar outras obras. Alguns cenários me lembraram bem Sonic 2 de Mega (as fases especiais em um longo caminho cilíndrico foi uma ótima referencia também os dois jogos são da mesma criadora). Algumas musicas me lembraram Banjo Kazzoie (N64 e XBOX) da Rare (relamente a bruxa também me lembrou Gruntilda a vilã da dupla Urso / Passarinho) e a 3ª fase, sempre ela, é a maldita fase de água que todo jogo plataforma tem como 3ª fase.

Até a próxima postagem.
Ass.: Thiago Sardenberg

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