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4 – Músicas fracas e sons de um plantel restrito de monstros sem expressão
As músicas, marcas garantidas da série de TV e dos jogos, são chatas e não cativam nem chegam a empolgar de forma eficiente a estimular o jogador ficando apenas em poucas opções repetitivas e pouco variadas. Os sons dos monstrinhos também acabam vindo das versões de GBA ou DS. E nem a caixinha de som do Wii Remote foi usada.
Realmente é um projeto pequeno e de pouca expressão. O narrador que há no evento da Arena existe porém sem áudio nenhum ficando apenas nas telas rápidas com textos curtos e simples. Poderiam ter feito algo melhor. Até o Ocarina of Time ou Majora’s Mask do antigo N64 usaram melhor o espaço do cartucho do que esse jogo do Pokémon.
5 – Inteligência artificial, um delete permanente como exemplo replicável, fuja dele.
O comportamento dos personagens é padrão. Muda a dificuldade, os movimentos e os monstros mas na pratica esses caras são copias de um mesmo padrão de comportamento. O que muda são os monstros menores com relação aos chefes e depois de uns 12 chefes se descobre que até nisso eles pouparam espaço no arquivo para evitar pesar com coisas que não precisam mudar.
Sim, o jogo na pratica é pobre em programação. Característica do gênero? Talvez. Mas acredito ter sido muito mais limitado pelo tamanho dos jogos no Wii Ware (50 MB no máximo) do que uma limitação de conhecimento da equipe. Poderiam ter melhorado ao menos os ataques dos chefes com algumas técnicas especiais deles no confronto com os jogadores mas passaram longe e fizeram apenas um basicão eficiente e que não atrapalha.
6 – Gráficos
Desde os primórdios dos vídeo games, quando se muda de geração são os gráficos que salvam a plataforma. Foi assim do NES para SNES, para o N64, para Game Cube. O Wii, mesmo sendo superior ao Game Cube (em vários quesitos), são poucos os jogos do serviço do Wii Ware que tem uma qualidade gráfica realmente boa. Exceções existem mas restritas. Magic Maker e Winter of Melodians chegam a ser deleite na simplicidade deles.
Abrindo espaço para os jogos ditos AAA no Wii as versões em disco de Xenoblade, Pandoras Tower, Metroid Prime, 007, Mario Kart Wii, Smash Bros ou o pouco conhecido A Boy and His Blob, infelizmente o limite máximo de 480P em cabo de vídeo componente (que uso para liberar a imagem de outros consoles antigos em cabo do tipo RCA), o Wii não tem muita potencia gráfica mesmo. Não é um problema quando se tem bons projetos mas nesse caso...
Prezando pela diversão extrema nos controles inovadores aos gráficos de ponta que os concorrentes tiveram antecipadamente, são nos jogos de Wii Ware que a Nintendo mostra onde errou com concorrência quando os outros acertaram em cheio em adotar o padrão HD.
Mas esse ponto negativo não significa um trabalho ruim. Está longe de ser primoroso em qualidade gráfica mas dentro das limitações do console, a equipe mostrou capacidade especial em adotar um único modelo 3D, com texturas variadas, para gerar os monstros que povoam a tela sem pesar no conteúdo. As limitações do padrão adotado também fizeram o jogo ser muito bem otimizado para não causar delay no vídeo e isso foi sim uma surpresa interessante.
Para quem conhece um pouco da produção de jogos sabe muito bem que os Sons, as Texturas são os conteúdos limitadores dos projetos. Costumam ocupar muito espaço e faz com o que sobra (programação e animações) sejam socadas em poucos MB de espaço ainda liberados ou precisam ser limitados para existir eficiência sem perder no desempenho.
7 – Concluindo
Quem é fã pode gostar por ser um jogo da franquia. Quem preza pela diversão passe longe se não gostar de God of War, Bayoneta ou Devil May Cry. Para quem gostou de Stadium ou Colloseum é uma alternativa interessante e passageira. Serve mais como um Mario Party despretensioso e furreca de Pokémon do que a um bom jogo de RPG onde a franquia faz a festa ano após ano. Restrito e pouco variado é um Family game diferente no final das contas.
Ele cansa rápido e mesmo com um modo ‘Advance’ depois dos créditos finais ficará de lado em pouco mais de 3 dias (se chegar a tanto). Para quem tem o console desbloqueado, é uma alternativa... mas existem opções bem melhores mais divertidas disponíveis no serviço do que esse Pokémon.
Com valor de 1500 pontos (15 Dolares) sem possibilidade de promoções na rede interna e com uma variação cambial que pode chegar a R$ 4,00, essa conta não está favorável ao brasileiro. Um jogo rápido, de pouco mais de 6 horas para se zerar por carinhos R$ 60,00 é mais barato comprar uma boa leva de jogos indies na Steam do que ficar num exclusivo como esse é.
Apesar de divertir ou pelo gênero (para quem gosta e pela falta de opções) ou pela força que a franquia tem (a Nintendo sabe usar o departamento de Marketing), esse pode passar longe de ser um jogo pensado no consumidor final. Feito para levantar fundos e continuar a bancar a Pokémon Company, pode ficar para uma próxima oportunidade ou jogar na casa de um amigo mais fanático por Pokémon do que um jogador qualquer.
Até a próximo postagem
Ass.: Thiago C. Sardenberg
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