Para que chegou aqui e não sabe do que se trata, leia esse link para ler a parte anterior...
4 - Os sons e ruídos, a Ambiência levada a sério
Samus (e o jogador obviamente também) está sozinha. São poucos as inserções de diálogos que aparecem para falar alguma coisa. A grande maioria é do scan respondendo algum item novo no banco de dados. Quando aparece algum personagem para falar algo ou já está morto ou deverá ser morto para gerar um scan mais completo e partir para a próxima sala.
Além dos inimigos não dialogarem com o jogador nessa maneira de prender o jogador deixa as portas abertas para as músicas aparecem e sumirem o tempo todo. Hora está um silêncio agradável, hora está um silêncio apavorante. Hora temos música de inimigo ou chefe, hora temos a música da área. O que é constante são os barulhos de inimigos quando aparecem.
Receber um item ou disparar com a arma padrão também deixa sua marca na cabeça dos jogadores. Os que surpreendem são os de super misseis, power bombs e claro (sempre eles) os gritos dos chefes quando estão atacando ou morrendo...
Os Piratas Espaciais também costumam fazer bastante barulho, principalmente quando estão voando em seus Jat-Packs mas os barulhos deles morrendo ou explodindo é muito mais legal (enquanto um pouquinho de carnificina não faz nem um pouco mau mas assusta).
Quando se abre uma porta especial ou usa um tipo de raio novo realmente é algo legal porque nem todas as coisas fazem barulhos tão divertidos. O sonzinho do scan é interessante..
Quando se chega ao final, além de ter a tela de créditos que conhecemos de outros jogos, ainda existe a recompensa por ter terminado a aventura e uma foto aparece no sistema do Wii e uma cartinha com a foto da Samus (que muda a arte de acordo com o percentual final que foi conseguido pelo jogador) tem som de se abrir o envelope, é bem característico.
5 - As faltas da aventura
Algumas graves faltas foram sentidas pelos jogadores depois de chegar ao final: cade o modo multiplayer? E a respostas é: não tem! Podem procurar o quanto quiser, o jogo não tem esse modo e vai ser assim mesmo.
Como a proposta é ser um jogo de exploração e reflexão, a caçada é feita por apenas uma pessoa, o jogador, enquanto o modo multiplayer se tornou irrelevante ao projeto no final.
Uma outra falta que foi sentida foi não poder usar a nave para se deslocar. Seria um acréscimo interessante para se mover pelo planeta mas isso também não vai ocorrer.
OBS: essas duas características foram corrigidas e desfeitas nos dois jogos seguintes da franquia e no final, o conteúdo de todos eles estavam disponíveis no disco e separados.
Apesar de o GameCube não ter tido um componente online muito bem explorado (a placa de rede dele era vendida separadamente) o jogo também não teve um modo online no original porém, era compatível com o jogo de Game Boy Advance pelo cabo Game Link de GBA e Metroid Fusion, quando juntos, liberava a armadura Fuzion no Prime após zera-lo uma vez.
Pouca recompensa extra porém ela existia, pena que precisava ter cabo, console e jogo de outra plataforma para ganhar o extra.
6 - Um legado
Metroid Prime redefiniu a franquia Metroid como um todo. Seguiu o legado Halo de redefinir um gênero inteiro quando foi adaptado ao console da MS. Após um hiato de alguns anos sem jogos no vos, a Nintendo lançou 2 jogos para suas plataformas de época e ainda compatíveis entre sí (sem ser obrigatória essa semi compatibilidade).
Muita coisa que existia na época para os FPSs foi mudada e melhorada. Acrescentou novas e importantes mecânicas de scan e troca de visores bem vinda que geraram um dinamismo divertido ao conteúdo proposto. Manteve a evolução de itens e acessórios e voltou com personagens conhecidos dos fãs de longa data.
Não peca em nada aos jogos da época e com a troca de plataforma, recebeu um acréscimo de 10% na qualidade gráfica e uma redução de 20% no tempo de carregamento do jogo foram bons méritos dessa mudança de console. Um trabalho primoroso da equipe do Retro Studios e da confiança que a Nintendo teve nos novatos. Um exclusivo que deixou sua marca.
7 - Conclusão
Para quem tiver problemas de náuseas ou enjoo num jogo de FPS fica a dica: os controles do Wii, mesmo com a limitação da barra sensora, foram os melhores já feitos para os jogos desse gênero. Por depender muito mais dos reflexos dos jogadores com o Wii Remote do que de alavancas que variam muito de posição (e sem o troca-troca do sentido dos eixos que muitos jogos de hoje podem ter) deixa um sistema intuitivo e agradável para os menos viciados.
Aos que não conhecem a franquia é um bom combinado de três jogos pra lá de criativos e inteligentes. Com sua boa porção de exploração misturada a chefes e quebra cabeça divertidos, deixa cada uma das aventuras com um gostinho de “quero mais” ingrato quando terminado.
Quando as minhas duvidas estiverem pra lá de desafiadas, como eu tive sobre esse jogo antes de testa-lo, é recomendado dar uma bizoiada nessa joia moderna do entretenimento.
Com uma boa história, desafios persistentes, longevidade da aventura e o carisma de uma caçadora pra lá de aventureira, vale cada hora jogada (mesmo sem conseguir tudo).
Uma grata adição a coleção e aos fanáticos pelo gênero ou por essa heroína...
Ass.: Thiago Sardenberg
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