terça-feira, 17 de novembro de 2015

Little Big Planet 2 - O menino do saco de pano encara sua história... Parte 2


Para quem chegou até aqui e não leu a parte anterior, clique aqui!

4 – Novas mecânicas e múltiplos desafios

A segunda aventura mostra que veio para fazer diferente quando logo no inicio já aparecem alguns obstáculos bem diferentes e desafios para 2, 3 e 4 jogadores ao mesmo tempo. Levei um susto quando achei que precisaria de outros participantes para vencer o jogo. A parte boa? O susto. A melhor parte? Zerei sem precisar da comunidade.


Teve até uma vez que alguém estava no meu jogo querendo jogar comigo e não me deixava entrar no modo edição de fases. Quitei o cara e parece que não voltou a minha cápsula de jogo. Infelizmente não gosto de jogar em grupo, quanto mais um grupo de estranhos. E mesmo que a franquia Little Big Planet preze pela comunidade, gosto de jogar sozinho. Forever alone!

Algumas mecânicas novas foram criadas enquanto outras foram bem repensadas. As famosas plataformas de fogo voltaram e agora temos as que se apagam com os capacetes atiradores de água ficou divertido. Prendedores de ganchos (grapling hook) voltaram (e a física de boomerang ou Mario Galaxy ou Angry Birds Space também).

Os robôs que te seguem e te ajudam a vencer outros inimigos é uma novidade bacana. Enquanto as cenas de corte com dublagem e animação feitos dentro do jogo também foram retrabalhadas de forma agradável.



Foi inovação na medida certa, além do velho conhecido gênero plataforma 2D (ou quase isso) que jogadores antigos conhecem. Somados a isso temos paredes e inimigos mais inteligentes. Muitos obstáculos. Alavancas, veículos, uma nave espacial... tem muita coisa nova legal.

5 – Torféus, DLCs e algo a mais

Os caçadores de prêmios tem muito o que comemorar. Grande maioria dos troféus são nos modos online ou com a comunidade. Se ficar online o tempo todo te interessa, o jogo multiplayer vai ser um prato cheio de conteúdo para chegar ao final com todos os prêmios.

Jornada longa e cansativa mas gratificante. A parte inteligente é o jogo ser de todas regiões então terá sempre alguém jogando mesmo não tendo coragem ou vontade de ligar o console. Vai na fé pois a comunidade é grande e tem gente até dizer chega. Com mais de 7.5 milhões de níveis criados, ficar sem jogador nesses servidores seria muito estranho.


Entretanto os famigerados bugs, correções gigantes e DLCs voltam a atacar nossos queridos jogos “incompletos” de fabrica. Numa forma de ganhar mais dindin da suada carteira do jogador mão de vaca ou pão duro, esses DLCs acrescentam algumas poucas novidades para os mais fanáticos principalmente os aficionados por Marvel ou Disney. Extras firulas que não acrescentaram muita coisa nos troféus e adesivos porém platinar o jogo agora só com os DLCs.

Uma pena que só tenho o pacote comum porque procurei a versão jogo do ano e não achei. Ao menos é a versão move. O que não garante muita coisa. Alguns tutoriais são específicos para o PS Moove, outros para o PS Vita em cross controller e para os DLCs então, ponto negativo para um conteúdo que além de não acrescentar atrapalha o coitado do jogador com pouca grana. Uma pena...

6 – Veredicto

Para os que gostaram do primeiro jogo vale visitar o segundo. Não pegue a demo peça emprestado de um amigo ou compre numa promoção maluca da PSN. Vale pelos novos níveis e as cenas de destruição que o Negativitron causa no mundo todo. É muito divertido ver tudo aos pedaços ou voando pelo espaço. A falta de gravidade também é divertido.


Se pensar só no repeteco (como acontece om FIFA, PES, NFL, NHL, Need for Speed e diversos jogos que saem anualmente) vale pelas inovações e não pelo fator “expansão”. Mesmo que o jogo tenha seus DLCs nada o impede de jogar os novos estágios e desafios da comunidade.

A parte boa é poder, realmente, criar fases com temáticas e gêneros de jogos bem diferentes entre si. Muita coisa bacana poderá ser criada e com o que já existe, quanto mais a comunidade se dedicar a criar coisas novas, mais fases novas o jogo terá.


A própria franquia dá margem a um futuro serviço de game engine que a Media Molecule pode melhorar num futuro próximo ou disponibilizar para a SONY e deixar como extra de console. Gerando uma maior produção de jogos para elas ou o acesso mais barato a ferramentas boas de trabalho a longo prazo. Uma escolha bem difícil.

OBS: só terminei o segundo jogo depois de completar o Karting e ter sido lançado a 3ª versão então, boa parte desses jogos surgiram aqui, nessa segunda versão, da franquia LBP.


Nos vemos na próxima análise.

Ass.: Thiago C. Sardenberg

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