Para quem jogou o primeiro vai se deliciar com as peripécias da nova aventura do pequeno menino feito com sacos de pano. Para quem curtiu a interatividade da comunidade vai delirar com as fases feitas no primeiro funcionando no segundo. Juntas e com uma penca de novidades que veio nesse segundo pacotão, os desafios foram melhorados.
O jogo começa depois do final do original. Uma nova ameaça chega ao mundo e quer devorar todas as coisas. Cabe ao garoto do saco (nosso famoso amigo sackboy e, invariavelmente o jogador) pegar uma carona pela imagesfera e partir para os novos desafios.
Alguns novos amigos estão ali para ajuda-lo (ou não) a tentar resolver os problemas deles. O chefão da parada é um devorador de ideias (o negativitron) e sobrou poucas coisas para serem usadas como ajuda.
A nova aventura pega carona com o final do primeiro e incrementa algo que ainda não tinha sido visto, um modo história oficial. Ao final da aventura original, existia apenas um real vilão que ficava lá na ultima fase do jogo. Nessa segunda aventura o que não faltam são chefes...
Junte a isso dois grupos de fases bem distintos: as principais e as “secretas”. Nas principais a história se desenvolve e mostra como o mundo foi destruído pelo vilão. Nas secretas (abertas só depois de pegar uma chave em quase todas as fases) existem apenas itens extras e coisas bobinhas para expandir o conteúdo original do novo jogo.
2 – Os nossos gráficos continuam lindos...
Aos que gostaram da estética do jogo anterior, eis aqui uma boa noticia: está tudo ali. Os adesivos, os materiais, os objetos loucos que só um grupo insano de criativos poderiam criar e coisas novas esperam pelo jogador. E aquele narrador (odiado por muitos e adorado por muito poucos) está de volta com aquela tentativa de humor britânico com umas piadas bem sem graça. Eu gosto porque é pensado no público infantil do jogo porém não é a maioria.
Novas e divertidas ferramentas de criação e interação foram desenvolvidas para a comunidade continuar o seu processo de expansão dos mundos de Little Big Planet. Enquanto os antigos níveis ficaram disponíveis para as duas versões do jogo (com exceção dos níveis que se aproveitavam dos bugs do jogo original), os novos são colocados quase como “exclusivos” da nova aventura. E verdade seja dita: jogar um nível do Little Big Planet 2 no primeiro jogo não tem graça mesmo que funcione de alguma forma.
Com as “coisas” novas que podem ser feitas agora a comunidade pode abusar mais ainda da criatividade inerente que ela ainda tem de sobra. Se os níveis do primeiro já eram bem diferentes entre si os do segundo conseguem cativar mais ainda os jogadores entusiastas.
Foram muitas vezes que vi fases divertidas em diversos vídeos pela internet analisando a qualidade dos trabalhos da comunidade. Bons analistas se dedicaram bastante para garimpar o que realmente era bom naquele pequeno inferno de fases que existe disponível. Pena que nem todos podem ser baixados.
3 – A narrativa retorna e as músicas continuam muito chatas
Entre as fases do jogo no modo historia e os diálogos, quase intermináveis que pareciam não acabar para se jogar as fases, o jogo se desenvolve sempre com uma boa dublagem. O processo não teve muitas variações com relação ao original.
O narrador tenta fazer as piadas terem alguma graça, os personagens fingem que são fantoches de um circo cômico deprimente, o coitado do garoto do saco sofre para seguir em frente e além de não poder falar nada, enquanto se escuta infinitos barulhos, gritos, e outros sons, a coisa se desenvolve.
Existe muita mistura entre a narrativa do jogo e os tutoriais obrigatórios. Onde se poderia ter uma forma mais rápida de contar a trama entra-se num repeteco de mecânicas quase dispensável. Bom para quem não jogou o original. Ruim para quem conhece o produto final.
Os tutoriais ainda conseguem ser bem cansativos e irritantes, mesmo com uma leve melhora das piadas do narrador. Falta muito para conseguir ser um piadista decente. Entre escolher um bom humor britânico ou esse narrador do jogo, acho que já sei o que escolher.
Será que foi a equipe que não teve um bom repertório de piadas para o coitado do narrador? Fico na duvida e independente de com quem esteve o trabalho de fazer as piadas o narrador melhorou, um pouquinho, mas melhorou.
Onde o antigo errou feio o novo retorna para tentar não piorar a desgraça do antecessor. As músicas realmente deixaram a desejar no original e algumas em espanhol também eram bem irritantes. A segunda aventura não pecou tanto mas também teve seus erros. Enquanto antigo errou tanto na qualidade quanto na quantidade (e a repetitividade das inserções) as músicas do novo jogo não errou nem na qualidade nem nas inserções mas a quantidade deixou a desejar um pouco. Irrita escutar sempre as mesmas coisas mas irritou menos que no original.
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Até a próxima parte
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