domingo, 19 de julho de 2015

Entre o Bem e o Mau - parte 2 de 3 (Beyond Good & Evil HD version)

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Parte 3 - O aprimoramento técnico da área de sonoplastia


O que chamou a atenção no áudio foi exatamente a variedade presente nele. Existem músicas das mais diferentes regiões do planeta. Elas vão desde rock’n’roll até um chinês clássico que lembra muito essa cultura milenar. A famosa tradição Kung Fu presente no país e nas partes mais calmas e lentas do jogo também é evidenciada por sua música inicial.

A trilha sonora original (OST) além de ser boa e deixar o clima do jogo no ponto exato entre o empolgado e o tenso não é primorosa mas faz o trabalho de casa ser bem executado. A pesquisa dela foi crucial para evidenciar a diversidade de pessoas que compôs a equipe de produção. Isso fica evidente nos créditos finais onde tem muito chinês presente neles.

A dublagem poderia ser melhor aproveitada. Não significa que seja ruim, pelo contrário, é boa e competente, mas usar só em algumas etapas não foi bom. Os diálogos são bons, bem preparados para deixar o jogador preso nos detalhes da história, mas nos menus e na interação entre os NPCs a proposta de dublagem deixou a desejar. Poderiam ter usado a ideia de Final Fantasy 10 onde quase tudo era dublado mas o projeto era para diversas plataformas diferentes com mídias variadas (falado anteriormente) o que pode causar alguns conflitos.



Outro fator interessante no áudio foram os barulhos dos animais. Dependendo da região ouve-se muitos insetos e bichos fazendo algum grunhido ou rugindo em prol das ameaças que a presença do jogador causa ao ambiente. Muito bacana isso porque a equipe previu coisas que acontecem realmente no nosso mundo. Uma reprodução interessante e bem aproveitada.

4 - A programação: os controles e a inteligência artificial

A programação do jogo é competente mas não é um primor. Algumas horas os comandos vão deixar o jogador bem frustrado porque costumam falhar nas piores horas. Não pela ineficiência mas porque ou o cenário tem excesso de coisas para se prestar atenção ou porque a câmera causa problemas por ser não tão bem posicionada.

Junte a isso uma inversão de comandos (das alavancas) nos modos em 1ª e 3ª pessoa, na certa, vai causar confusão para o coitado do cérebro do jogador. Felizmente o projeto do jogo permite alterar as configurações de câmera (1ª e 3ª pessoa) a qualquer momento no menu.


Os inimigos realmente são muito burros. E por esperar que os mesmo fossem mais espertos, acabamos cometendo erros grosseiros na jogabilidade e solução de problemas que causa um desnecessário repeteco de fases ou cenário muitas vezes.

Onde ela é boa são nos combates com chefes ou com os policiais do jogo (que são bandidos e já foi falado anteriormente) em desafios rápidos e que precisa de atenção para serem vencidos porque se errar, repeteco na certa (muitas vezes). Um conjunto de desafios importantes para manter o jogador preso aos desafios secundários que tem relação direta com os primários.

Onde ela certa e não deixar de ser boa, mas peca na jogabilidade, é nos jogos do Bar. Existem 3 minigames extras que podem ser jogados durante a aventura. Dois deles geram retorno ao objetivo primário (arrumar pérolas para vender no mercado negro) enquanto o ultimo só fica disponível no final do jogo, com mais de 70% dele resolvido.

Os jogos do bar são: uma mesa de discos onde é preciso vencer 2 turnos para ganhar a perola (uma das duas pérolas disponíveis) e o do “copo” onde tem uma bolinha para se achar no mexe-mexe deles em 3 turnos (pagos) diferentes e ganhar, também, outra pérola.

O terceiro é controlar 2 objetos diferentes com as alavancas do controle e que estão invertidas propositalmente para atrapalhar o jogador. Esse tem recorde e bater ele é uma dificuldade só o que também deixa ele bem chato.



SPOILER - se não quiser ler pule o parágrafo

Outro ponto, bem importante no decorrer do jogo, foi quando o projeto decidiu recriar e reutilizar mecânicas de outras franquias consagradas. Enquanto Star Fox 64 fez um bom sucesso em 1997 e sua proposta de batalhas em naves em arenas fechadas e com possibilidade de jogar 4 jogadores, o mesmo recebe uma bela homenagem ao ser recriado na batalha de naves que acontece ao final da aventura bem na superfície da Lua (melhor referência não há). Tanto o chefão da área quanto o assalto ao QG dos inimigos pela nave do jogador, foram momentos muito bem trabalhados por suas mecânicas simples e diretas ao ponto (o que geraria num pós jogo outro minigame que poderia ter recordes, tempo e multiplayer e não aconteceu). O que atrapalha é a câmera mas é adaptável rapidamente para quem jogou ou joga as franquias Ace Combate, Flight Simulator, Star Wars X-wing VS Tie-Fighter entre outros do mesmo gênero o que foi uma grata e bem vinda surpresa ao jogador e pontos para a variedade do jogo.

SPOILER - Fim do spoiler


Até a próxima parte

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