Alguns anos atrás, quando estava no semestre final da
faculdade, enquanto estagiava numa empresa de publicidade (trabalhava pra
caramba naquele local e isso me deixou com uma tremenda agonia em relação a
publicidade), fiz uma série de cadastro em novas redes sociais da época para
procurar outras oportunidades. Publicidade já tinha me saturado em poucos
meses.
Para sua surpresa, caro leitor, também tinha feito a conta, que
vocês veem hoje no popular Facebook (FB para os mais chegados) e ainda tinha o saudosista
(mas popularmente e bem odiado) Orkut.
Estava começando também no Linkedin, Twitter, Hi 5 (hi five),
Badoo, enfim, eram muitas outras. Inclusive, ainda haviam os programas de bate
papo como MSN, ICQ, Skype, Mirc... Eram tantas formas de se comunicar na rede
que muitos se perdiam devido a quantidade. Eu ainda tive o privilégio, e talvez
no pior momento, de conhecer o programa Trillian que além de te exigir outra
conta, te permitia agregar todas as suas contas de redes sociais e programas de
conversa em um único “aplicativo”.
WWWWOOOOWWWW seria a minha salvação quando descobri na
pratica que agregar muitos canais de comunicação em um único local é um
verdadeiro caos. A cada 2 segundos, pipocavam uma série de novas mensagens de
uma rede social diferente. Eram respostas irrelevantes de conversas que não
participava, postagens de pessoas que não conhecia diretamente mas tinha
conhecidos em comum, grupos postando novas vagas de trabalho, twiits e retwitts
de varias contas. “Socorro, essa coisa não para quieta. Parem isso!”
Pois bem, depois de ter feito isso tudo e descoberto o que
não fazer, de todas essas contas novas a do Linkedin foi a que me deu o menor
dos problemas. Mesmo começando pelo desprazer de conhecer a versão paga dele (que
até hoje me enchem a caixa de e-mail pra voltar a versão paga), não me
arrependo. Por incrível que pareça, nunca paguei essa versão porque mantive
minha conta no padrão do serviço. E depois de alguns meses, reduziram a
quantidade de e-mails mas eles não desistiram.
Foi dessa conta diferente, no linkedin, que realmente começo
a colher frutos interessantes das redes sociais hoje em dia. Alguns antigos
contatos voltaram a ser acháveis (eles não tinha outra conta mas os conhecia),
outros que não via faziam muitos anos também reapareceram. Alguns antigos
amigos reencontrei e sumiram de novo (se não estão por lá é porque também não
farão mais diferença manter esse ou aquele contato). Escolha deles.
O Linkedin, agora começa a ser uma ferramenta e tanto de
comunicação. Como a proposta que ele mesmo indica “rede social para contatos
profissionais” realmente funciona bem. Os grupos estão sempre ativos e
mostrando conteúdos bem inteligentes. As conversas são produtivas e algumas
muitas respostas aparecem de forma fabulosa. Muitas pessoas desses grupos estão
ali devido as suas profissões e como é de praxe, a rede esta cada vez maior.
Com a possibilidade de criar um currículo básico, com suas
informações mais importantes, onde os detalhes irrelevantes ganham algum peso,
essas opções se torna seu “carro chefe” de contatos. E cá entre nós? Foi
exatamente isso que me surpreendeu.
A diversidade de pessoas que te acha é espantosa. Empresas
também se interessam pelo seu contato e sua rede de contatos. Quando criei essa
conta, no sistema interno deles (de pesquisa de qualidade do perfil e nível de
aparecimento que o mesmo é visto nas pesquisas das outras pessoas) eu estava lá
nas ultimas posições. Era o lanterna da parada. Estava abaixo das minhas
próprias expectativas de que conseguiria alguma coisa boa ali.
Passou-se alguns meses e nada mas mantive a conta e
continuei atualizando ela. Conheci os grupos (como dito anteriormente) e
continuei a fazer contatos (maioria antigos conhecidos ou vindos de outras
redes sociais). Até que hoje, quase seis anos depois de criar a conta o perfil
não é lá grande coisa. Mesmo que não aparente a coisa começa a ter algum peso
no dia-a-dia.
Por ter conhecido pessoas, ter ido a congressos e eventos,
trabalhado em diversos locais diferentes, as pessoas dessas fases voltaram a fazer
contato. Realmente, o local de trabalho hoje tem relevância nessa rede mas o
passado não se esconde quando ele precisa fazer certa diferença.
Alguns dias atrás um ex-chefe meu me achou no linkedin e
fiquei bem surpreso “como? Até onde eu soube, ele não gostava dessas coisas!”
mas nunca soube se ele era contra ou a favor. Prefiro ignorar esses detalhes e
aceitar o cara na rede. Realmente, depois dessa, a rede social se mostrou fantástica.
O cara realmente é uma pessoa importante hoje e valeu a pena tê-lo conhecido.
Virou coordenador de vários projetos. “Parabéns pra ele. Fez por merecer.”
E veio aa perguntas “Voltaria a trabalhar com ele?” Não sei.
“trabalharia com publicidade de novo?” Com certeza não! Mas não posso ignorar as
possibilidades, elas precisam estar presentes para depois não reclamar que não tive
oportunidade de trabalho ou que o mercado fechou as portas pra os meus
conhecimentos. Além de ninguém saber quando precisaremos disso ou daquilo de
uma determinada pessoa, o futuro, felizmente, é uma indecifrável e maravilhosa caixinha
de surpresas. Muitos não irão concordar, mas eu adoro o acaso. Costumava ter
medo dele, e não o escondo, mas no final pode ser bem divertido.
Fico com aquela sensação de “isso esta me chamando a atenção
para futuros problemas” e geralmente minha intuição costuma acertar em alguns
pontos porém prefiro não dar o devido valor a isso e me preparar para um futuro
incerto. Até lá, esperemos para ver o que vai acontecer. Já tenho minhas metas
para os próximos anos, então, vou trabalhar para tal.
A tal rede social vai continuar a existir e mesmo que minha
intuição pregue outra, infeliz, peça na minha consciência, prefiro deixar
escrito do que não relatar o ocorrido. Até o próximo...
Ass.: Thiago C. Sardenberg
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