http://sarden-design.blogspot.com.br/2014/12/dragons-dogma-saga-de-um-guerreiro-pe.html
4 – musica e áudio
O jogo presa em retratar a realidade da época e essa
realidade é levada ao pé da letra, onde até as distâncias não são pequenas. As
cidades lembram as cidades medievais (um bom RPG que se prese, apresenta
conteúdo baseado na idade média europeia) e tem castelos, ruinas, cavernas,
descampados, florestas, pântanos, desertos (opa, esse aqui não tem e não fez
falta), montanhas e calabouços. Nas cidades temos lojas, hotéis, guildas, e o
castelo do rei.
Até aqui, tudo bem, o jogo se mostrou competente. Enquanto
as dublagens são competentes (mesmo que as vezes os sons sejam um tanto baixo
de mais), os barulhos de cada arma, porta, rio, animal, grito de goblins e
outras criaturas ficaram adequados ao trabalho. Agradam e mostram um certo
cuidado por parte da equipe.
O que atrapalhou foi que em algumas vezes os sons não parecem
ter certa distância com relação a posição do personagem e por não ter essa
sensação acaba sendo muito alto.
Os sons de menus, forjar armas, pegar itens pelos cenários,
barulho de peças de ouro, pegadas, corrida, respirar, enfim, tudo onde deve
estar, sem mais nem menos.
As músicas que poderiam ser um pouco mais constantes se
mostram um acerto e tanto para a maioria porque mesmo que queiramos, não dá pra
sair numa aventura cantando ou ouvindo música em auto e bom som na idade média
então, não adianta, aquelas músicas de tensão e de batalha só vão acontecer em
batalhas, e as músicas de cenário só nas cidades. Pelo resto do mundo, o
silêncio vai prevalecer por um bom tempo.
5 – os diferenciais da aventura
Dragon’s Dogma é o tipo de jogo que se joga um tempo, para
uns meses, volta e continua e para mais alguns meses. A longevidade dele é tão
grande que não é possível ficar nele 24 horas por dia. Para quem gosta do
estilo Sand Box (caixa de areia) e/ou Open World (o tal mundo aberto) é um
prato cheio.
A diversidade de cenários é tão boa e bem trabalhada que se
mistura com a quantidade de batalhas e inimigos que tem nele inteiro. Algumas
horas, e não serão poucas, você irá parar só para apreciar o cenário. O
comportamento do inimigo que não sabe que você está próximo, ou daquele maldito
dragão que te deixou sem coração no inicio do jogo.
Sem falar nisso ainda temos, Quimeras, Esqueletos (muitos
deles), mortos vivos (quem gostar de Resident Evil é um prato raso mas ainda
assim vale), magos, necromantes, fantasmas, Harpias, trols, ogros, ciclopes. Os
piores, com toda certeza, são: o mago negro, o Grifo e a pentelha Cockatrice.
Sem duvida alguma uma boa pedida para quem gosta de variedade em um conteúdo
completo que demanda tempo pra terminar. Só senti falta de fechar o mapa do
país todo, ou de ter algumas outras cidades, porque não é possível acessar
todas as regiões.
6 – O que mais irritou no jogo
A falta de montarias faz falta em qualquer momento do jogo.
Poder pegar um cavalo ou uma montaria aldada (um bom RPG tem seus mecanismos
para se passar por grandes distâncias) é crucial para reduzir algumas longas
horas de caminhada. Apesar de ter um item específico para se voltar a cidade
principal sem demora, o mesmo não é tão fácil de ser achado e precisa ser usado
com certa cautela.
Enquanto alguns inimigos são divertidos para se batalhar a
qualquer hora, outros podem ter um nível de irritação maior que o esperado.
Goblins e Hobgoblins são prato cheio no decorrer da aventura mas os lobos, os
zumbis, esqueletos são muito chatos. Os que salvam um pouco são os ladrões que
estão sempre em bandos. Se depender de nível, alguns vão te matar facilmente
enquanto outros irão te irritar.
O controle de câmera também não é lá grande coisa. Em alguns
momentos você precisa passar por um corredor e a droga da câmera esbarra nas
paredes, te deixa sem visão, te jogando para o lado oposto ao qual você iria e
os inimigos se amontoam em você te deixando na pior. Com a visão de arco e
flecha os controles estão invertidos ao original. Mas existe a opção de
inversão dos eixos, não existe? Sim existe, para cima e para baixo, somente.
Para os jogadores das antigas é irritante, para os novatos,
fácil de se acostumar e realmente é questão de hábito, mas irrita muito e te
atrapalhará bastante.
7 – Conclusão
No geral a obra é competente. Tem os seus DLCs (que acho um
absurdo um jogo ser projetado para ter DLC para se ter novas partes de
aventuras) que estende a aventura por mais algumas horas. A edição de jogo do
ano chamada Dark Arisen que acresnta novos conteúdos também tem lá sua vantagem
porém cuidado com ela, para joga-la é preciso começar tudo do zero. O Save File
do jogo original não funciona nessa versão.
A Capcom foi muito infeliz nessa postura porque deixou
muitas gente chupando dedo ou nervoso, ou de braços cruzados sem ter opção de
continuar de onde parou. Como não sou de comprar/jogar DLCs e prefiro comprar a
edição de Jogo do Ano tive azar dobrado porque comprei a versão dita normal e
não tenho disponível o conteúdo extra.
Se vierem me perguntar o que eu achei da obra e você leu até
aqui porque não joga-lo? Divirta-se e boas festas de início de ano, esse é o
típico jogo para ser apreciado durante as férias.
Em breve, a última parte, o "pós jogo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário