sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Dragon’s Dogma – a saga de um guerreiro a pé contra um dragão nada pequeno...

A primeira parte está nesse link
http://sarden-design.blogspot.com.br/2014/12/dragons-dogma-saga-de-um-guerreiro-pe.html



4 – musica e áudio

O jogo presa em retratar a realidade da época e essa realidade é levada ao pé da letra, onde até as distâncias não são pequenas. As cidades lembram as cidades medievais (um bom RPG que se prese, apresenta conteúdo baseado na idade média europeia) e tem castelos, ruinas, cavernas, descampados, florestas, pântanos, desertos (opa, esse aqui não tem e não fez falta), montanhas e calabouços. Nas cidades temos lojas, hotéis, guildas, e o castelo do rei.

Até aqui, tudo bem, o jogo se mostrou competente. Enquanto as dublagens são competentes (mesmo que as vezes os sons sejam um tanto baixo de mais), os barulhos de cada arma, porta, rio, animal, grito de goblins e outras criaturas ficaram adequados ao trabalho. Agradam e mostram um certo cuidado por parte da equipe.

O que atrapalhou foi que em algumas vezes os sons não parecem ter certa distância com relação a posição do personagem e por não ter essa sensação acaba sendo muito alto.
Os sons de menus, forjar armas, pegar itens pelos cenários, barulho de peças de ouro, pegadas, corrida, respirar, enfim, tudo onde deve estar, sem mais nem menos.

As músicas que poderiam ser um pouco mais constantes se mostram um acerto e tanto para a maioria porque mesmo que queiramos, não dá pra sair numa aventura cantando ou ouvindo música em auto e bom som na idade média então, não adianta, aquelas músicas de tensão e de batalha só vão acontecer em batalhas, e as músicas de cenário só nas cidades. Pelo resto do mundo, o silêncio vai prevalecer por um bom tempo.


5 – os diferenciais da aventura

Dragon’s Dogma é o tipo de jogo que se joga um tempo, para uns meses, volta e continua e para mais alguns meses. A longevidade dele é tão grande que não é possível ficar nele 24 horas por dia. Para quem gosta do estilo Sand Box (caixa de areia) e/ou Open World (o tal mundo aberto) é um prato cheio.

A diversidade de cenários é tão boa e bem trabalhada que se mistura com a quantidade de batalhas e inimigos que tem nele inteiro. Algumas horas, e não serão poucas, você irá parar só para apreciar o cenário. O comportamento do inimigo que não sabe que você está próximo, ou daquele maldito dragão que te deixou sem coração no inicio do jogo.

Sem falar nisso ainda temos, Quimeras, Esqueletos (muitos deles), mortos vivos (quem gostar de Resident Evil é um prato raso mas ainda assim vale), magos, necromantes, fantasmas, Harpias, trols, ogros, ciclopes. Os piores, com toda certeza, são: o mago negro, o Grifo e a pentelha Cockatrice. Sem duvida alguma uma boa pedida para quem gosta de variedade em um conteúdo completo que demanda tempo pra terminar. Só senti falta de fechar o mapa do país todo, ou de ter algumas outras cidades, porque não é possível acessar todas as regiões.


6 – O que mais irritou no jogo

A falta de montarias faz falta em qualquer momento do jogo. Poder pegar um cavalo ou uma montaria aldada (um bom RPG tem seus mecanismos para se passar por grandes distâncias) é crucial para reduzir algumas longas horas de caminhada. Apesar de ter um item específico para se voltar a cidade principal sem demora, o mesmo não é tão fácil de ser achado e precisa ser usado com certa cautela.

Enquanto alguns inimigos são divertidos para se batalhar a qualquer hora, outros podem ter um nível de irritação maior que o esperado. Goblins e Hobgoblins são prato cheio no decorrer da aventura mas os lobos, os zumbis, esqueletos são muito chatos. Os que salvam um pouco são os ladrões que estão sempre em bandos. Se depender de nível, alguns vão te matar facilmente enquanto outros irão te irritar.

O controle de câmera também não é lá grande coisa. Em alguns momentos você precisa passar por um corredor e a droga da câmera esbarra nas paredes, te deixa sem visão, te jogando para o lado oposto ao qual você iria e os inimigos se amontoam em você te deixando na pior. Com a visão de arco e flecha os controles estão invertidos ao original. Mas existe a opção de inversão dos eixos, não existe? Sim existe, para cima e para baixo, somente.

Para os jogadores das antigas é irritante, para os novatos, fácil de se acostumar e realmente é questão de hábito, mas irrita muito e te atrapalhará bastante.


7 – Conclusão

No geral a obra é competente. Tem os seus DLCs (que acho um absurdo um jogo ser projetado para ter DLC para se ter novas partes de aventuras) que estende a aventura por mais algumas horas. A edição de jogo do ano chamada Dark Arisen que acresnta novos conteúdos também tem lá sua vantagem porém cuidado com ela, para joga-la é preciso começar tudo do zero. O Save File do jogo original não funciona nessa versão.

A Capcom foi muito infeliz nessa postura porque deixou muitas gente chupando dedo ou nervoso, ou de braços cruzados sem ter opção de continuar de onde parou. Como não sou de comprar/jogar DLCs e prefiro comprar a edição de Jogo do Ano tive azar dobrado porque comprei a versão dita normal e não tenho disponível o conteúdo extra.

Se vierem me perguntar o que eu achei da obra e você leu até aqui porque não joga-lo? Divirta-se e boas festas de início de ano, esse é o típico jogo para ser apreciado durante as férias.



Em breve, a última parte, o "pós jogo".

Ass.: Thiago Sardenberg

Nenhum comentário:

Postar um comentário