segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Rede de contatos, o valor de um bom conhecido no meio de tantos conhecidos.


Após alguns bons meses sem escrever nada, até que agora da pra colocar alguma coisa interessante no papel. Estava conversando com um conhecido e dele saiu uma boa ideia que é o post desse espaço. 
Estar no LinkedIn e no Facebook, ao mesmo tempo, é bom, desde que você tenha tempo para cuidar das duas contas ao mesmo tempo e muita mas muita organização (algo que nem todos tem por natureza). Uma serve para contatos pessoais e curiosidades da rede a outra é mais profissional e para procura de vagas de trabalho (o que é uma grande ajuda). São duas propostas bem diferentes dentro do mesmo tema, o chamado Networking (ou rede de contatos) e que tem real importância quando estamos “na busca da vaga certa”.

No domingo dia 16-09-2012, saiu no Boa Chance uma boa matéria sobre essa tal “rede de contatos” e que o entrevistado (do semanário de vagas do jornal O Globo) revelou algo bombástico “para algumas carreiras o curricullum deixou de ser obrigatório, vagas de trabalho só nas redes de contatos”. Talvez para grande maioria, isso foi um susto mas não é o caso para muitos outros. O que eu vejo é um misto entre as duas situações, a do curriculum e a da rede de contatos. E sendo formado em design (e qualquer outra carreira parecida ou de cunho criativo), ainda tenho um agravante: o tal portfólio (de qualidade e variedade). E a partir disso, sim temos uma bomba dramática.

Independente da idade ou da área de atuação, Curriculum e Rede de contatos são importantes. Mostram a flexibilidade das pessoas em falar umas com as outras e as conhecerem como futuros ou diferenciados profissionais (de varias áreas) de cada oportunidade que nos passa pelos olhos. O caso é: como conseguir o tal trabalho?

Sites de vagas, vagas gratuitas, RHs entre tantos outros, tem lá suas vantagens mas e a tal vaga? Também temos uma questão do momento que o Brasil vive o tal Emprego Pleno. Isso acontece quando menos de 10% da população está desempregada (o que é ótimo para qualquer país e sistema econômico). Mas continua faltando um detalhe: a tal vaga de trabalho.

Esse conhecido (que ajudou a pensar nesse post) teve lá sua importante influência. Apesar de novo, ele adora games. Faz analises de jogos, escreve sobre lançamentos e diversas coisas mas como todo bom jovem adulto, está passando pela euforia do bom momento. Games tem tudo a ver com design (onde a criação e inovação andam juntas) e mesmo se dedicando a isso (em formação ou por mera curiosidade) ainda falta um detalhe importante que é a lógica no trabalho dele. Os motivos, a função e o real propósito dessa atitude. Se for para ficar como outros blogs ficam (só fazem coro no meio da multidão) bem possível que frustrações aconteçam. Eu mesmo passo por isso com o meu blog então precisamos ser muito mais auto críticos do que apenas mais uma pessoa imparcial num tema que gostamos (o que anula automaticamente a imparcialidade).

Depois de deixar sobrando uma série de argumentos e justificativas sem muito sentido vamos colocar os pingos nos “is” e os pontos de referencia que precisamos para organizar esse conteúdo. As vagas existem? Sim, e são muitas o que sobra são profissionais que não suportam ou não conseguem trabalhar em tudo que é treinado para tal (como o meu caso).

Os trabalhos específicos de cada área são compatíveis com os salários? Muitas vezes não mas isso é de responsabilidade da própria geração atual. O nível de consumismo descabido e endividamento desenfreado que parte da população passa é de sua própria responsabilidade o que lhes cabe ainda saber cuidar das próprias despesas mas vem com isso outro pensamento: eles estão dispostos a fazer essas concessões? É aí que mora o desafio: ajustar o orçamento individual de todas as partes.

Sem perder o foco em design (marketing e games também) vamos a outros pontos. Para qualquer um fazer seu próprio trabalho dar certo é preciso a tal “rede de contatos”. Ter um bom grupo de pessoas que parem para ler ou ver seus trabalhos, critica-los ao ponto de melhora-los e saber aceitar as criticas (deixando o orgulho de lado) é um trabalho muito difícil. Sem mencionar o quanto essas pessoas são capazes de repassar o seu post para outros lerem e continuar a divulgar seus trabalhos.

Outro detalhe é a organização. Viver de algo que não dá dinheiro é depender de outra pessoa e “como faço para mudar isso?” é uma das perguntas mais pensadas e que geram muita reflexão. Simples, pratique o TBC. Isso é o mais incomum do que acontece mas funciona. Outros só saberão que você existe quando “Tirar a Bunda da Cadeira.

Uma dica é: tenha conteúdo. Saber das coisas fúteis ou inúteis é para deixar na rede de contato que mais tenha pessoas para isso. Nem todas existem para inutilidades. Rir sempre faz bem mas não misture profissional com pessoal. Nossos melhores amigos inclusive. Tenha amigos e não empregados. Tenha patrões e não amigões. A amizade só acontece depois de muitos anos (por convivência ou conveniência ou oportunidades inesperadas). Bons contatos sim, pessoas que te deem valor também. Nós mesmos precisamos valorizar e respeitar todas elas pois todas são importantes. Antes de sermos amigos entre si e empregados ou patrões somos pessoas que tem sentimentos, posturas, gostos e padrões de comportamento. Respeitar isso é o mínimo e muitas vezes não acontece. Porque será? Intolerância? Vai saber.

Mais um ponto: nossa organização. Nossos trabalhos só ganham destaque quando temos organização com eles mesmos. Periodicidade, tempo de serviço, insistência nos melhores resultados são detalhes que fazem diferença (isso todo mundo fala). Diga não a teimosia dos ignorantes. Somos muitas vezes orgulhosos de mais para aceitar que outros não tem o nosso conhecimento o que nos torna ignorante para os próprios problemas deles. Sejamos honestos: se não gosta, assuma e mude ou os outros farão isso para você. Eu sofro com isso e mesmo que assuma, sim, quero e faço por onde para mudar e continuar a respeitar (o orgulho alheio e ignorância dos não entendidos dos nossos assuntos). Se não mudarmos, não ajuda nada.
Outro detalhe: seleção natural. Nossos problemas são ínfimos perante os problemas de qualquer trabalho. Nunca ponha a postura individual como a principal. Pense sempre em garantir sua parte, seu espaço. Nós sabemos que podemos ser dispensados ou excluídos devido a esse detalhe. Para quem está a frente, de qualquer negócio, os seus problemas são a última coisa que ela quer saber. Discernimento e parcimônia devem imperar mas como?

Eis aí o grande trabalho do nosso dia-a-dia profissional. Ter a rede de contatos mais ativa que parada, é o mínimo que precisamos ter (de postura) garantir alguma outra oportunidade. Gerir essa rede nas horas de desespero ou necessidade é o mesmo que correr atrás do pote de ouro vazio. Só vai quem não tem o que perder.

E é aí que mora o pior dos casos: não ter o que perder. Sempre teremos prejuízos. Sempre teremos problemas para resolver. Um dia sem problemas não é um dia, é um milagre. Os problemas existem para nos proporcionar pensamentos de opções e novas soluções para eles. Só ganhamos oportunidade quando vencemos os problemas e eles existem sim, aos montes.

Então, pratiquem o TBC, não perca a oportunidade de olhar a sua volta e mostre que é capaz de sugerir soluções. Mesmo que não sejam aplicadas (isso é um problema de gerência) ao menos sugira alguma. É melhor do que ser totalmente inexpressivo. O Marketing já identificou todos esses problemas mas nem todos sacaram ainda que estão dentro dos problemas por isso, mude e bom proveito. Só assim saberemos o que é arriscar.

Ass.: Thiago Sardenberg

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