O primeiro Templário, é jogo eletrônico lançado para computadores e Xbox 360 em 2011 e conta a história de um cavaleiro templário, sem memórias de seu passado, numa conspiração entre os Templários e a Igreja Católica sediada na França. A Igreja, e seu representante almejava um objetivo enquanto os Templários almejavam objetivos opostos. Entre eles o elo em comum: os poderes do Santo Graal. O Templário que poderia recuperar a Ordem, e colocar ordem no mundo, entra em conflito com a Igreja que deseja destruir o Santo Graal para que o poder almejado, por diferentes pessoas, nunca seja alcançada. Ao final do jogo cabe ao jogador escolher recuperar a Ordem Templária ou destruir o Cálice do Santo Graal.
O Santo Graal é o cálice onde Jesus bebeu vinho, na última ceia, antes de ser crucificado, e ali ele disse que seria traído por um dos apóstolos. No filme Indiana Jones e a Última Cruzada, o Graal é presentado como um cálice de carpinteiro, feito de uma simples madeira. Nos livros Crônicas do Graal, de Bernard Cornwell, o Graal é representado também como uma taça de madeira, que pode ser guardada em outro recipiente de madeira, para ser protegido. Em ambas as obras, o Graal ou é perdido devido ao desmoronamento de um templo ou é jogado no mar. No jogo dos templários, o cálice tem uma forma padrão, arredondada, porém como se fosse de metal dourado, o que representa riqueza. Por ser contraditório ao que se sabe sobre as histórias de Jesus, enquanto vivo, cabe ao jogador decidir se destrói, ou não, o cálice, mudando assim parte do final apresentado.
A aventura se passa na Europa Medieval perto do período das cruzadas. Numa época onde o Papa, que deveria estar em Roma, estava na França e a Igreja Católica era controlada pela vertente francesa dela. Os Papas, desse período, eram franceses e tanto os Britânicos quanto outro países queriam destituir este poder que acabou nas mãos francesas. Para isso era preciso recuperar o Santo Graal para reorganizar a Igreja em seus diferentes locais e quem o tivesse teria o Poder de Deus, a imortalidade e poderia controlar tanto a Igreja quanto os Templários.
Por dentro do jogo
“The First Templar apresenta modos single-player e co-op. Ao jogar sozinho, o jogador pode alternar entre os dois personagens, com a IA do jogo controlando o segundo herói. A qualquer momento, um segundo jogador pode se juntar e assumir o controle do herói controlado pela IA.” (fonte: Wikipédia). Sua mecânica básica é movimentar os personagens por caminhos definidos, em cenários lineares. A ambientação é do período citado e a realidade de cidades muradas, cidades árabes e templos será explorado.
O jogo tem sua estrutura dividida em: dificuldades e tipos de fases. Na dificuldade o jogador pode escolher entre fácil, médio e difícil mas nas fases, pela linearidade da história, elas não podem ser escolhidas. Precisam ser passadas e finalizadas para progredir. Em todas existe baús, tesouros e objetivos secundários para serem descobertos e vencidos, garantindo assim pontos de experiência adicionais, o que caracteriza o jogo como um RPG de ação, não tradicional, mas com progressão de habilidade e pontos de experiência para se gastar.
Nas masmorras com armadilhas e quebra cabeças o jogador irá se encontrar com alguns desafios que o fará pensar em soluções, nada complexas, mas ao final precisará de agilidade e tempo de controle e resposta para superar alguns obstáculos. Nos cenários abertos como pradarias, florestas, cidades e ilha, que serão visitados, existirão inimigos para derrotar, ou de forma furtiva ou direta. Algumas missões lembram jogos de estratégia pelo uso de catapultas e direcionamento de exercito de resistência em determinados locais. Pelas missões de furtividade, o silêncio é crucial e se vacilar, ao juntar muitos inimigos, ao mesmo tempo, é quase certo precisar recomeçar. Como as fases são lineares, faltou algum capricho da produção em melhorar a quantidade de micro cenários para visitar, como casas, igrejas, celeiros, e outros espaços menores.
Sonoplastia
Os sonos não são ruins mas poderiam ser melhores. As músicas são poucas e repetidas em diferentes ocasiões. Apenas a dublagem salva, em parte, o trabalho de som. A sincronia labial não é das melhores mas a dicção dos dubladores é boa. Com as legendas ativas fica mais fácil entender o que estão falando. Em alguns cenários são os sonos que indicarão o que está ocorrendo. O jogador precisa ter atenção nestes casos para prosseguir nos caminhos.
Animações
As vestimentas, apesar de serem agradáveis e representar a época de forma convincente, a movimentação das personagens não é das melhores. Algumas jogadas de câmera funcionam como ponto dramático nas finalizações, cria um dinamismo, mas com o tempo cansam. É nessas horas que as falhas dos movimentos ficam evidentes. Com a progressão da árvore de habilidade é possível liberar novos movimentos mas percebe-se que faltou polimento neste quesito. Entretanto, a quantidade de pontos que se pode conseguir durante o jogo é inferior ao total de habilidades desbloqueáveis disponíveis nesta árvora. E isto vale para todas as personagens controláveis pelo jogador. A sincronia labial funciona mas é um tanto rudimentar.
Controles
Os controles são bem diretos. Ataque, defesa, esquiva, bloqueio, parry, contra ataque. Enfim, tudo para um pouco de pancadaria ocorrer de forma quase fluida. Para quem curtiu Dante’s Inferno, God of War, Devil May Cry ou Bayoneta, estes são jogos de velocidade intensa e combos, vai ser fácil de se adaptar pois aqui também existem os combos mas, como toda produção capenga, estes são mal feitos. Os controles são bem lentos, os blocos de colisão travam com frequência, e onde poderiam ter uma exploração próxima a Assassins Creed o jogo engasga e mostra diversas travagens que força o jogador a mudar sua trajetória para sair de pontas invisíveis que se chocaram.
Como jogo gratuito distribuído pela GOG, foi uma adição interessante a biblioteca. Além de ter salvamento em nuvem, funciona com controles Xbox e PS (com os devidos ajustes). Para quem for jogar no teclado e mouse é bem desconfortável por isso fuja dessa opção, a calibragem é complicada. E, por mais incrível que pareça, tem diversos troféus para se coletar. Alguns são específicos dos bonus do jogo e das dificuldades elevadas, bem padrão, mas a maioria é de história corrida. Terminei o jogo com 55% de tudo e não pretendo voltar ao jogo. Cansativo.
Conclusão
A qualidade do projeto é duvidosa e pode causar estranhamento nos jogadores. Poderiam ter ajustado uma série de detalhes no decorrer da execução mas acredito que não havia tempo hábil para isso e preferiram eliminar extras do que encher de firulas sem ganho real ao projeto. A parte da Arena é um acréscimo bem vindo mas de limitado fator para se vender uma DLC, via rede, por um preço elevado, não vale mesmo. Uma nota final para constar: 5,0 ou seja, médio. Se quiser jogar, vá com aquela cara de desconfiança. Sabendo que poderá abandonar antes da metade. Pelos troféus é até bom mas podem passar longe.
Até o próximo jogo.
Ass.: Thiago Sardenberg
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