terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Revisitando o lar da Gruntilda na versão HD dele.

Após anos de ter jogado o original no Nintendo 64 e de praxe conseguir 101% de conteúdo desbloqueado pude, enfim, jogar a versão repaginada do clássico de plataforma da Rare.

1) O que há lá?

O jogo continua o mesmo. Mesmas mecânicas, mesmos chefes, mesmas fases, mesmas músicas, 100% igual ao que era na época do N64. As dublagens continuam as mesmas, aquelas vozes diferentonas propositalmente eram divertidas no inicio depois ficaram muito chatas, as piadas da Gruntilda no desafio do tabuleiro, antes de enfrenta-la, agora fazem sentido e são engraçadas, os personagens secundários, inimigos, diálogos, pedaços de favo de mel... Enfim, tudo igual.

Os 3 livros do Cheato continuam lá e a Gruntilda continua ficando bem nervosa quando os livros liberam as expansões pra dupla. O cemitério continua dando arrepios nos desavisados e o caminho por cima do poço de lava continua sendo um problema para os apressados. Ande devagar por onde passar, a queda pode ser feia...

2) O que melhoraram...

Se existe uma chance de sempre melhorar o que era bom, este jogo é realmente Banjo Kazooie. As texturas da década de 90 no N64 eram bem ruinzinhas mas no Xbox 360, mesmo numa plataforma moderna e infinitas vezes superior ao console original, precisaram de uma merecida repaginada. Todas elas foram atualizadas.

Os ícones de comando, os menus, os modelos, as animações, os áudios esses foram bem melhorados ao ponto de poder colocar a TV no máximo e não sentir distorções de qualidade (algo que poderia ocorrer dependendo do volume em relação ao N64).

Graficamente um jogo de 1997 repaginado no Xbox 360, em HD, é outra coisa, mesmo que na essência continue o mesmo, dá um outro gostinho ao desafio e a aventura no geral.


3) O que mudaram...

Algumas diferenças foram vistas mais rapidamente como os comandos e a ordem de botões que aparecem na tela (obviamente console diferente sem necessidade de manter os ícones e legendas referentes ao antigo), menu está diferente, os troféus são importantes, a casa de inicio do jogo tem uma hierarquia diferente da original e as notas musicas...

Nesse ponto é bom ressaltar: no original em todas, eu disse em todas, as fases as notas tinham de serem coletadas com 1 só vida, se morresse é recomeçar do zero. Nesta versão a coisa mudou para melhor. Afim de facilitar a vida do jogador, principalmente os mais novos, não importa o quanto de notas se termina a fase, depois pode-se voltar e pegar as restantes caso morra ou saia da fase sem terminar a coleta (e as notas não são resetadas com isso).

Os ovos gigantes, ficam disponíveis depois de completar as respectivas fases em 100%. No original era preciso descobrir onde estava o quadro dos quebra cabeças na casa do Banjo, vencer 1 por 1 eles e ir liberando os códigos dos ovos aos poucos, lá no palácio de areia na fase da praia. Nesta versão existem apenas 7 desafios na casa do Banjo, bem mais fácil, mas não deixam de ser/ter esse desafio, o jogo ainda reserva um troféu para quem completar todos eles. Pilantragem ou não foi uma ação oportunista.

Os ovos continuam não ajudando em nada, só que agora os jogos Kazooie e Tooie tem um ponto de interligação dentro do sistema do Xbox 360 o que facilita pra quem completar um e jogar o seguinte na ordem. Ajudou de forma sutil mas ajudou.


4) Para quem é o jogo afinal de contas?

O jogo continua sendo uma outra forma de apresentar o que a Nintendo faz de melhor. Jogos de Plataforma 3D que foram bem conceituados e lançados numa geração de transição.

Para a empresa/equipe que pensou os jogos do Banjo e apresentou os conceitos de Kameo Elements of Power para o N64 e acabou lançando essa franquia para o Xbox 360, tudo começou aqui, no final dos anos 90.

A criançada que não conheceu pode jogar a vontade, é um prato cheio, só faça bom uso do inglês do irmão ou parente mais velho que no final vai ser preciso. Os desafios da Gruntilda continuam a ter seu nível de dificuldade um tanto elevado para os não nativos do inglês.

Parece um open world mas não é; é fácil e com uma progressão de desafios e chefes aceitável; é colorido como os jogos da Disney e tem cara de Super Mario apesar de não tem o Yoshi (nessa versão, um dinossauro gigante aparece no Tooie), e mesmo sem modo multi jogador é apreciável para toda a família.

5) O que não fizeram direito...

Uma das possibilidades que existem no Xbox 360, mas não foi aproveitada, é questão do aspect ratio da imagem. Poderiam ter feito a conversão do jogo baseado na imagem em WideScreen e infelizmente não usaram. Não perde a graça da obra mas é um ponto fora.

Outro detalhe foram alguns desafios do jogo. No N64 os controles não eram tão precisos mas manter isso no hardware mais poderoso foi brabo. Não ter espaço em cartucho para uma programação boa é aceitável mas manter certos movimentos ruins desde o original foi o ó.

O comparativo de imagem das 3 versões existentes é bem interessante pra mostrar como a iluminação faz uma tremenda diferença no final.

Conclusão

Voltar aos jogos de plataforma dos anos 90 nessa franquia é lembrar a infância da galera que está batendo nos 30 anos ou mais e tem filhos / sobrinhos que podem jogar, pois tem idade para isso. Não é um dos jogos Lego da vida mas é cheio de colecionáveis. Tem uma durabilidade bacana, até 30 horas pra completar tudo e ainda sobram desafios pra depois. Enfim, melhor do que isso só mais disso mas pode ficar chato então vai lá e joga. É bom.

Até o próximo jogo

Ass.: Thiago Sardenberg

2 comentários:

  1. Não sabia dessa versão melhorada graficamente. Achava que era só um port.
    Bateu maior vontade de jogar.

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  2. Hahahahha foi um dos motivos pra ter comprado o Xbox 360. O console é desbloqueado então posso aproveitar bastante o que já existe disponível. Muita coisa velha que vale o investimento na plataforma. Maioria dos jogos tem pra PC e ps3? Sem dúvida mas nem todos estão lá. Como prefiro jogar no console e deixar o PC pra trabalho tem la suas vantagens. Só não acesso à rede pq se não perco o desbloqueio. Tô fora. E o ps3? Firme e forte na caixa protegido da poeira até voltar a jogar o q falta por lá.

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