As muitas lacunas abertas que além de não explicarem porque ocorrem deixa a desejar e faz da experiência do jogo uma enxurrada de brilhos e explosões que coloca a forma de fazer filme hollywoodiana com certa inveja. ‘Porque não fizemos isso?’ diria um diretor deles.
O jogador é Asura, um semideus sem braços (com braços mecânicos) que não sabe como controlar sua fúria e ao perder o controle libera um imenso poder de combate que pode destruir um planeta.
Azura e outros personagens principais são entidades divinas que foram enviados a ‘terra’ para proteger os humanos da devastação de um demônio que habita o interior do planeta em contra partida, o líder dessas divindades usa a desculpa de ‘proteger os homens’ para ser um eterno soberano com poder ilimitado (que só existe devido a morte dos humanos) e que domina o mundo sem ser questionado pois ele pode fazer o que quiser, como mero capricho. Dentro dessa desculpa ainda ocorre, logo no início, uma virada de regras, onde o antigo soberano é morto pelo soberano traíra que deseja dominar a tudo e a todos.
No quesito roteiro o jogo é um conjunto de clichês. Logo de cara deixa estampado quem é o vilão da história, mesmo que ele só apareça para o combate no final. Além dele existe um outro vilão, o líder dos demônios, que poderia ser o real inimigo mas é só pano de fundo para deixar estampado as desculpas do espancamento dos controles.
No quesito jogabilidade temos comandos básicos como ataque, defesa, especial, esquiva e repetição de teclas com o famigerado quick time events que indicam o que fazer num ritmo acelerado quase frenético. Pra quem não sabe, os quick time events são uma forma de dinamizar os pontos interativos de conteúdos visualmente bonito para vídeo games que mais o transforma em filmes rodando a partir de comandos do que um jogo ou um filme. Há quem goste mas há uma infinidade de jogadores que repudiam o formato pela má aplicação de recursos e outras mecânicas e maneiras de fazer jogos do que apenas eventos rápidos.
Visualmente é impecável. Com muitos efeitos de luzes, explosões exorbitantes, raios cósmicos, transformações a lá Super Saia Jean Blue God ou Gold Freezer e um entre ponto de jogos de pancadaria com Star Fox entre naves e o Rambo (mas é o Azura).
Na dublagem os ocidentais capricharam e mostraram que boa parte de um visual impecável passa pela dublagem coerente dos personagens. O gritos de raiva e fúria de Asura e as interjeições dos oponentes quando percebem que o Asura não morre nem por vontade divina são ótimos.
A dificuldade é básica mesmo no modo mais fácil de jogo. Dividido em 3 níveis de dificuldade a experiência de jogo só melhora quando as lutas de chefes ocorrem pois se tornam inevitáveis devido ao roteiro que além de linear e com personagens pouco carismáticos fazem dessa obra apenas uma vitrine de coisas visuais combinadas com certa maestria. A equipe de arte fez um trabalho bom mas é só.
Um jogo tecnicamente fraco. Deveriam ter usado mais e melhor os jogos do God of War pra fazer algo mais divertido. Deixou a desejar facilmente. Vacilo...
Resultado...
Para quem tem controle velho, use, vai sair bem quebrado mesmo que não queira e para quem gosta de God of War até pode ser uma boa proposta mas peca por falta de originalidade enquanto as mecânicas de espanca controle típica dos anos 90 é jogada ao extremo. Coitados dos Arcades daquela época.
Uma infeliz realidade é a constatação de que para assistir o real final do jogo, sem as 6 DLCs que fizeram posteriormente, é precisar realizar umas 50 tarefas distintas pra ver o que deveria ser de praxe ao chegar no final da aventura. Poderiam ter evitado o caça níquel de extras entregando uma experiência mais completa por menos e no final virou um produto sem qualidade e de pouco acréscimo ao mercado. Não joguem é perda de tempo.
Até o próximo jogo.
Ass.: Thiago Sardenberg
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