quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

God of War: Ghost of Sparta - PSP

God of War é uma franquia que cresceu bastante com o passar dos anos e das oportunidades que a Sony criou para a familia de consoles PlayStation. Com a popularização de algumas das suas principais franquias nada mais oportuno do que criar jogos para dispositivos portáteis e o PSP foi agraciado não com um mas dois jogos do espartano mais sanguinário dos videogames.


História e pré supostos do jogo

O jogo começa bem no final do 1º, o original de PS2, porém conta algumas histórias de antes de Kratos se tornar o guerreiro violento que veio a ser conhecido. Ainda criança, vivia em Esparta e  treinava com seu irmão regularmente para ambos, ao chegarem na vida adulta, poderiam lutar contra os oponentes de seu país. Num desses dias dois dos Deuses do Olimpo chegou a sua terra e carregou seu irmão. Revoltado, Kratos tenta impedir mas não consegue.

Anos mais tarde, depois dos acontecimentos do 1º jogo, Kratos está nas bastalhas de dominação de Esparta para conquistar novas terras porém Posseidom também está a destruir parte de um região que Atlantis seja submersa. Kratos então viaja a novas cidades e locais para impedir alguns acontecimentos.

No meio da trajetória, reencontra sua mãe. Dominada pelo poder de um dos deuses e transformada em um monstro encara Kratos e tenta matá-lo porém perde. Ao perceber o que fez Kratos se sente culpado porém pede desculpas a mãe que enfim revela a Kratos que o irmão está vivo e aprisionado. Ao fazer tal revelação, ela morre. O jogo parte desse princípio, levando Kratos a novas terras em busca da salvação de seu irmão.



Jogabilidade e mecânicas

É um jogo de bater e andar como todos os outros jogos antes e depois dele são. Kratos anda, bate, pula, ataca com armas especiais e magias, coleta orbs de energia de vida e magia e de sangue para se manter inteiro e evoluir suas armas e habilidades.

Inimigos de diversos tipos e tamanhos como figuras mitológicas, demônios, humanos e os guerreiros de Atlântida atacam o espartano para tentar impedir a progressão porém eles não são fortes o bastante. Mesmo em hordas os inimigos caem aos montes.

Em alguns momentos o jogador precisará escalar paredes e tetos, andar na corda bamba, pular algumas distancias impensadas para um ser humano comum e falar com estátuas de Athena que indica o que fazer e para onde ir.

Defender, ricochetear, usar lança e escudo, medalhões, braceletes especiais que abrem portas entre outros itens é o que o jogador irá encontrar. É dos diálogos que Kratos tem com Athena que ele descobre como foi manipulado pelos Deuses acarretando na fúria assassina e de vingança contra o Panteão no 2º e 3º jogos.


Progressão e evoluções

A cada X orbs de sangue acumulados e distribuídos entre as habilidades e armas, um novo nível de força e técnicas é desbloqueado, ajustando os danos que dá aos inimigos. Ao aumentar a quantidade de técnicas disponíveis para o jogador usar no decorrer do jogo, no final de algumas etapas uns inimigos bem fortes aparecerão como pequenos chefes de área e que darão algum trabalho ao jogador.

O Chefe final é o Thanatos, um dos juízes do inferno. Como o irmão de Kratos está tentando enfrentar o Juíz, Kratos percebe que pode ajudar seu irmão porém terá que enfrentá-lo antes. Ao vencer os dois se juntam contra o inimigo.


Kratos é forte mas seu irmão era o escolhido dos Deuses para ser o seu emissário. Como não conseguiu o ser, no decorrer da vida, Kratos passou a ser esse emissário enquanto seu irmão era mantido afastado dele em outro local.

Ao lutarem contra Thanatos, seu irmão morre porém libera uma fúria terrível de dentro de Kratos. Ao usar essa fúria contra o inimigo vinga seu irmão e sua mãe pelos desfeitos que Thanatos causou em sua família.

Sonoplastia
O jogo tem sua qualidade bem próxima aos jogos dos consoles caseiros (PS2 e PS3). A dublagem dos personagens (dobragem no português de Portugal) mantém os dubladores originais e Kratos continua gritando com os deuses do Olimpo enquanto Athena continua a falar com ar de soberba e inteligência cheia de mistérios. O titã que aparece no jogo também tem uma boa dublagem.

Os rugidos dos inimigos e monstros estão lá para indicar problemas. A típica trilha sonora que leva ao épico teatro e drama Gregos, característicos, está lá, mais imponente que no jogo anterior. Evolução da produção causa isso.

E apesar de ser um jogo para um portátil, produzido nos Estados Unidos, seria interessante ter a versão com áudio em Grego arcaico, no jogo, para tentar ouvir como seriam os diálogos numa língua próxima ao período citado. Seria diferente e talvez restritivo porém quem sabe na versão europeia isso não aconteça.



Conclusão

É um jogo curto que em pouco mais de 6 horas se termina no nível fácil. Novos itens e habilidades são liberadas no final da primeira jogatina quando a maioria dos itens ficam disponíveis para uma nova empreitada. Mesmo não sendo tão cansativo como os grandes jogos ainda assim é mais longo que o antecessor, o Ghost of Sparta. Mantém tudo que tem nos antecessores, cria novas mecânicas que não foram aproveitadas posteriormente e devido aos comandos restritos do hardware do PSP alguns movimentos ficam um pouco complexos nas dimensões do portátil.

Vale pelas inovações apresentadas e por contar uma parte da história da família do Kratos antes do God of War original e do Ascention (desenvolvido posteriormente).

Por ter menos botões que os controles do PS2 e PS3 o jogo em si não é muito mais que 5% diferente dos seus irmãos maiores. Obviamente usar a 2ª alavanca do controle é uma ajuda e tanto nos movimentos de esquiva porém, com essa restrição tecnológica, força a equipe a criar soluções interessantes tanto de elementos visuais quanto de mecânicas e controles o que abre margem para situações pontuais e inovadoras.


Na cena do prostíbulo, em Sparta, ocorre a situação mais engraçada do jogo: na sacada do salão só existem 2 mulheres olhando pra fora e na porta de entrada Kratos entra com 2, uma abraçada e outra carregada num dos ombros. A situação é: a quantidade de mulheres que enchem a cena do minijogo, durante o ato, é crescente. A cada acerto uma nova mulher aparece de não sei de onde. De onde veio tanta mulher é o que me fez ficar surpreso. Nem na cena com Aphrodite (God of War 3, PS3) apareceu tanta mulher junta (só tem 3 na cena inteira).  E se o jogador errar os comandos perde a sequencia inteira obrigando-o a repetir o jogo até ganhar. Se ganhar e repetir, os orbs que se consegue reduzem mais de 90%. É um minijogo de 1 jogada certeira só mas a quantidade de mulher nunca para de aumentar...

Joguei Chain of Olimpus no PC, com emulador de PSP em controle genérico do PS e não foi uma experiência melhor devido aos comandos do controle não serem tão bons e aos cortes que o emulador causa na placa de vídeo criando engasgos e render irritantes. Felizmente o taxa de quadros não se reduziu tanto o que foi uma ótima salvação da jogatina.

Recomendado para quem gostou dos outros e quer aproveitar mais do mesmo. Para quem quer uma aventura rápida é indicado. Bom jogo para mostrar como é o gênero caso o jogador não saiba muito sobre Hack'n'Slash ou Beat'm'up.

Até o próximo jogo.
Ass.: Thiago Sardenberg

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