terça-feira, 2 de maio de 2017

Nostalgia - N64 - Paper Mário - Parte 1


O jogo se baseia em alguns detalhes importantes: muitos personagens, batalhas memoráveis, história cativante, dificuldade pequena (piora muito no ultimo chefe) e muitas situações engraçadas. Paper Mario é o típico exemplo de boa adaptação de gênero em seu próprio visual e universo. Onde um personagem numa premissa já muito bem explorada conta mais uma vez a velha história de sempre “vilão sequestra a princesa e príncipe encantado precisa salvar o dia...” O jogo mais parece uma HQ animada do que um mero jogo de papel 2D em cenário 3D e jogue vale o esforço, existem muitos sites em português com bons detonados caso precise.

1 - Premissas de uma nova e velha fórmula consagrada

Depois do sucesso que foi o jogo Super Mario RPG (de Super Nintendo e produzido pela Square Soft) a Nintendo se via obrigada a fazer uma nova aventura do seu barrigudo de bigodes e ter o devido destaque tanto quanto o original foi em sua época era uma tarefa bem complicada. Nascido ao final da vida útil do N64, em 2001, o jogo mostrava toda uma nova estilo gráfico para o bigodudo e o seu protegido reino dos cogumelos.

Obviamente os elementos visuais da franquia estavam todos ali. Desde cogumelos, cubos, flores de fogo e estrelas, até os Goombas, Paratropas, Coopatropas entre tantos outros icônicos personagens. Bowser estava de volta com tudo para tentar, definitivamente, derrotar Mário e capturar a Princesa. Em mais uma tentativa que mais parece uma cópia descarada dos jogos anteriores com relação ao já conhecido universo Mário. Não aparenta nada de novo aos jogos já lançados mas não se engane é um jogo diferente das velhas propostas já criadas.


Mario Surgiu no modo 2D de ver as coisas (dentro da telhinha), passou pelo isométrico (15 anos depois) e chegou ao 3D em grande estilo. Sua formula é simples e rapidamente assimilada pelos jogadores novos. Aos antigos sobram fatores nostálgicos e muitas memórias.

Bowser rouba um item chamado Star Rod que realiza desejos das pessoas. O desejo dele? Obvio, vencer Mario, aprisionar a Princesa e controlar o reino dos cogumelos. Mario tenta vencê-lo e perde feio para o poder do Star Rod. Logo depois é expulso do castelo da Princesa por Bowser e cai no país dos Koopas quase inconsciente. Ao acordar descobre que precisa salvar a princesa (de novo) e ganhar novos poderes para enfrentar Bowser e seu exercito.

2 – "A aventura através de sete países" em mecânicas simples e muitos personagens

Assim que desperta Mario é ajudado por Goombario, um Goomba bonzinho que vive na vila dos Goombas. Descobre-se nesse ponto que muitos amigos semelhantes aos capangas de Bowser não eram malvados, e que muitos deles não gostam do status que recebem por terem suas aparências próximas com os malvados e por isso, todos os personagens que acompanham Mario na sua busca detestam, de alguma forma, Bowser e sua tropa de problemas...

Mario desperta de um sonho/sono onde fala com umas estrelas guardiãs do Star Rod e que o jogador precisa libertas as estrelas Eldstar, Mamar, Skolar, Muskular, Misstar, Klevar, Kalmar que foram aprisionadas por Bowser. O jogo é dividido por capítulo e ao final de cada um deles, uma nova estrela é libertada e novos poderes ficam disponíveis para Mario usar depois.

Cenários diversos e conhecidos esperam pelo jogador, no papel de Mario para salvar o reino dos cogumelos, mais uma vez, dos terríveis planos de Bowser e sua tropa de problemas.

No entanto Mario só pode fazer duas coisas no inicio da aventura: ou lutar e sofrer para ganhar (pois é muito fraco) ou fugir e torcer para não ser atingido pelos inimigos e acabar caindo numa batalha sem necessidade (e morrer sem necessidade por descuido do jogador mais desavisado).

A mecânica do jogo é simples: em cenários (sem ser de cidades ou vilas) os personagens aparecem de forma pré-definida no meio do caminho que precisa ser passado. Ao ser atingido (ou atingir algum deles) muda-se de tela e mostra um novo cenário pré-finalizado onde aparecem inimigos ou voadores ou terrestres que atacam o jogador (no caso Mario) com diversas habilidades, itens e coisas disponíveis.

O cenário de batalha mais parece um palco de teatro onde só faltam as cortinas para virar uma grande peça (algo implementado no segundo jogo seguinte). Se o jogador for esperto defende ou esquiva do movimento do oponente com o pressionar de um botão, caso erre, leva dano. Típico movimento de espanca botões conhecido de muitos outros jogos.

Batalhas e batalhas, são varias delas com os mesmos princípios de mecânicas e tempo de resposta.

Os inimigos podem vir de um simples até um conjunto de 5 ou 6 e que podem aumentar conforme o desenrolar da batalha caso algum deles chame outros. No grupo de Mario existem algumas opções mas só ficam disponíveis 2 de cada vez. Um deles é Mario, de forma permanente, e se morrer, é Game Over. O suporte de Mario é sempre o 2º personagem que pode ser: Goombario, Kooper, Bombette, Parakarry, Lady Bow, Watt, Sushie ou Lakilester.

Cada um deles tem sua habilidade e movimento específicos. Se precisar ficar invisível, use o fantasma. Se precisar voar use a tartaruga com asas. Se precisar navegar use o peixe e por aí vai. Simples e direto ao ponto sem muito enrolar o jogador nessas escolhas.

Durante a batalha é possível trocar de suporte caso haja necessidade e isso vai ser um tanto quanto comum. Nem todos os personagem conseguem lutar contra todos os inimigos pois alguns são específicos de ar e outros de terra. Poucos são do elemento água e só existe um cenário de fogo mas não tão complicado. Basta usar bem os suportes.

Usar o Suporte e seus poderes você deve, jovem jogador iniciante...

Ao final da batalha, depois de muito espancar os botões, usar itens e ver fugas inesperadas (de alguns inimigos mais espertinhos) sobram moedas (para comprar os itens mais importantes), moedas estrelas (que servem para evoluir de nível) e vez ou outra itens para guardar no inventário e ser bem usado durante muitos momentos do jogo.

Se der sorte, Mario encontra algum tipo de fortaleza, onde enfrenta uma ou outra cambada de inimigos, em diferentes níveis de altura (geralmente fases mais verticais que os cenários comuns) e com um ou mais chefes dependendo da situação. Chefes esses que costumam ser trabalhosos dão bons pontos.

Se vacilar, obvio, game over, se vencer muitas moedas estrelas. Se der sorte acontece uma evolução bem vinda do personagem (mas isso são poucas as vezes) e se der um azar enorme, os inimigos não te darão pontos de experiência suficiente e isso tende a ficar constante perto do final e os chefes podem não render a experiência necessária para evoluir. Só resta jogar.


Até a semana que vem com a próxima parte!

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