Vai uma postagem extra pra não deixar de colaborar com a experiência desse ano no GGJ 2017 (na serra do sem luz e sem sinal de celular).
Estou trabalhando no IFRJ Paulo de Frontin (longe pra caramba) e sem sinal de celular, ou internet ou luz (algumas vezes). Sim lá eles ainda sofrem como se fossemos do período das cavernas mas vamos q vamos... GGJ faz parte ter problemas inesperados e se não os houvesse não seria GGJ.
O Wi-Fi do IFRJ funcionou muito bem obrigado (só não esperávamos o servidor do global cair na hora da entrega dos jogos). Estava preocupado com os chuveiros do campus caso houvesse uma revolta dos não chuveirados e o inevitável odor de 2 dias sem água no corpo. Felizmente isso não ocorreu e havia uma água fria bem tensa de ser encarada...
A luz não caiu. UHUL!!!!!! Mas o temporal de sexta no inicio do evento assustou a galera. O RING estava em peso e dois ônibus foram até lá entregar os participantes (que os ônibus se perderam no caminho de chegar ao IFRJ no domingo a tarde atrasando a saída em 2 horas também foi bem inesperado)...
Comida pra todos? Quem me dera. O local mais próximo para comer era 1 hora caminhando (sem ônibus que não passava na estrada do campus e com preço no valor de 1 almoço por perna) numa estrada de terra (sem iluminação pública boa em um breu danado durante a noite) e no restaurante ou lanchonete que fechava antes das 23 horas (com os portões do IFRJ fechando as 21 horas, eu estava no grupo do esfomeados e tudo bem faz parte do evento ter imprevistos e, cá entre nós, são coisas da serra dos sem sinal)...
Após esses pontuais e conhecidos empecilhos (muita gente quase morreu de fome mas foram fortes e sobreviveram as demoras) o apocalipse Zumbi não ocorreu no final de domingo. Por sorte a guerra de roncos também foi mínima mas aconteceu e alguns participantes não conseguiram pregar no sono até cair de cansado e pifar no domingo antes do almoço. Essa guerra dos é um detalhe que se repete em todos os eventos... Duvido que não ocorra na campus party também.
Sábado foi um dia bem tranquilo e tudo correu bem, a princípio. A queima de fogos de sexta, na hora que os ônibus chegaram animou a galera. No sábado a noite outra salva de fogos (essa grava pelo celular). A lanchonete (que ficou de levar o lanche pra galera) demorou quase 2 horas pra fazer a entrega. Galera esfomeada quase derrubou os portões (brincadeiras e exageros a parte, eles estava sofrendo legal e eu junto deles)...
E o tal restaurante? Como foi dia de evento, além de demorar mais de 90 minutos pra fazer as entregas (das quentinhas), faturou cerca de 100 unidades por dia de almoço, lucro? Talvez o do semestre...
No domingo os 'zumbis de plantão' estavam espalhados pelo campus, cada sala com umas 2 ou 3 equipes e um bando de morto vivo ou andando para os banheiros ou se revirando nos colchões e colchonetes disponíveis pelas salas. Eventos desse porte são complicados. O inevitável cansaço ocorre e a maioria não está preparada para ele. Se estivessem estaríamos na rotina de 36 horas diárias de trabalho que MIB apresentou anos atras.
Pois bem, antes do almoço, veio a notícia "evento termina as 14:30!" Como assim? Mas não era pra terminar as 17:00 horas? Os ônibus irão sair as 16 horas! Corre porque tem gente que precisa terminar as entregas, acordar os grupos e tomar café, tomar banho... Aquela correria de fim de evento normal.
Só para constar: já havia participado de outros eventos. Tanto do Global Game Jam (2012, 2013, 2014) e da maratona paulista de desenvolvimento de jogos (em 2011) quanto no período que estive trabalhando na empresa INFOK Eventos e na revista All Dance, em que realizaram os eventos do Rio Dance Festival (sim eu era o designer do evento e precisei pensar em varias coisas para o evento, grande experiência mas que não foi muito legal no final da 2a edição) e isso foi antes de 2011...
As 15 horas todos na sala dos professores atentos a chamada. Eram alguns muitos prêmios para serem distribuídos. Como a lista tinha pouco mais de 80 nomes, sorteio por um programa feito por um dos alunos que foi usado por um dos professore do campus (não fui eu quem usou o programa, prefiro papel e lápis, sou artista caramba, no máximo 2D10 pra sortear no dado, tb joguei RPG de livros e com direito as fichas)...
No sorteio, muitas camisas, algumas chaves de jogos (2 empresas com seus representantes estavam lá participando do evento) 5 chaves do "A Lenda do Herói" pela Dumativa (galerinha conhecida estava por lá) e um Kit Arduíno (o único aluno do 1° período que participou do evento ganhou, sorte do caramba a ele, parabéns pois esse eu queria ganhar mas não fui tão sortudo assim, deixa para a próxima edição).
Enfim...
Um evento pra guardar na memória SQN maldita dor de cabeça, fiquei 50% do evento parado porque estavam precisando usar meu laptop para fazer outras artes que eu não faria (não sou bom em personagens e 2D menos ainda) e boa parte de sábado fiquei derrubado porque uma maldita enxaqueca não passava (só depois de um paracetamol no final de sábado pra me fazer voltar ao normal)...
Pouco depois das 17:30 de domingo, os 2 ônibus chegaram e os participantes puderam se comodar. 3 horas depois da partida, que foi as 18 horas, chegaram no RJ (não me perguntem qual o estado deles, eu fui pro hotel próximo pq estava com vaga guardada).
Então... depois disso tudo sobra umas considerações:
Valeu o esforço? Sempre vale, porque se não valesse não seria feito.
Foi bom? De uma forma geral foi. Tirando os problemas pontuais da região, foi um evento que correu tudo bem, não faltou nem espaço nem infraestrutura para os grupos se organizarem e trocarem muitas informações e experiências.
Valeu pelos novos contatos e da troca de cartões entre empresas? Sem dúvida. Aos participantes menores de idade ou em condições de chegar a faculdade (ENEM, SISU ou qualquer outra forma de egresso na faculdade) é uma experiência que mostra como é parte do dia-a-dia da produção de jogos.
É uma indústria dos sonhos? Sem dúvida mas exige muito esforço e empenho. Não é facil para os novatos nem para os mais velhos de cabelos brancos. É preciso trabalhar muito para chegar num patamar bacana de conhecimento técnico e retorno do mercado.
No final o grande benefício desse evento é a troca de figurinhas e poder conversar com outras pessoas da mesma área (onde estão, como estão trabalhando, como vão os negócios...). O evento desse ano foi um dos mais proveitosos que já participei. Valeu por tudo e por todos.
E depois dessa maratona de desenvolvimento, ficam:
1º O link dos jogos do IFRJ - 17 jogos em menos de 48 horas? Muita coisa mesmo.
2° Nome do jogo que meu grupo? Blind Hope que apesar de todos os pesares saiu.
Parabéns as equipes, a organização, aos responsáveis pelo evento.
Se for para continuar a ocorrer no RJ, que o IF esteja cada vez mais preparado para os próximos anos.
E tem mais? Sim!!! Ano que vem acontece de novo...
Quando? Geralmente todo ultimo fim de semana de janeiro.
Como esse ano de 2017 foi no anterior ao último fim de semana do mês, fica aí uma pontinha de dúvida quanto ao próximo ano. Até lá? Bora estudar.
Ass.: Thiago Sardenberg
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