Alguns anos atrás, durante uma das minhas aulas de fotografia, onde explicava os conceitos da mesma e como fazer o bom uso das máquinas fotográficas, veio uma proposta interessante...
Nos jornais, independente da época, sempre aparecem notícias de violência, assassinato, latrocínio, roubos, pirâmide financeira, e muitos outros tipos de crimes que nós, pessoas da sociedade, sofremos. Somos vítimas de nós mesmos e do sistema ao qual fazemos parte, mas podemos mudar parte dele? Como? Por onde começar?
Na época das aulas de fotografia, veio a seguinte frase “Quer ficar informado? Veja jornal. Quer ficar alienado? Veja o jornal.” Infelizmente é uma verdade. Com a mídia bem sensacionalista que temos, dominada por famílias tradicionais que fizeram suas fortunas em editoras de grande porte e emissoras que trabalham no modelo de concessão, o excesso de informação um tanto distorcida é acaba sendo grande e no final do dia somos bombardeados por varias dessas notícias ao mesmo tempo e, em sua grande maioria, a violência está muito presente.
Continuando com o raciocínio dessa proposta, de ficar informado versus ficar alienado, me veio outro pensamento bem instigante “sabe porque o bloco mais importante do jornal é a previsão do tempo? Porque eles são obrigados a falar a verdade.
O que é a verdade então? Aquilo que o jornal se dispõe a mostrar e nós, meros leigos e desinformados, somos obrigados a consumir. Nossa rede de TV e principalmente a pública, não tem a visibilidade e a disponibilidade de recursos que outras grandes emissoras ou aquelas que trabalham especificamente no meio privado da distribuição de sinal, tem e isso cria uma enorme disparidade daquilo que é bom e aceitável enquanto o que é bom pra venda de notícias infesta nossas casas via meios modernos de comunicação.
Continuando, se o jornal errar na previsão do tempo é porque o sistema meteorológico falhou e isso não é culpa do jornal. Pois bem, tirando o pequeno e ínfimo bloco do clima tempo, cerca de 90% do restante dos jornais são sobre algum tipo de violência, sobrando uma ou outra matéria que fala realmente algo bom e que não tem relação com a tal violência urbana cotidiana que sofremos.
O que devemos fazer?
A proposta é simples. Temos ideias dissonantes e precisamos nos ouvir (obvio todos sabemos disso) porém, as redes sociais digitais hoje, são um conjunto de pessoas falando o que bem querem e quando bem querem num dos maiores redutos de intolerância e discriminação que pode existir onde as diferenças de pensamentos criam rixar enormes e bloqueio de variadas pessoas nos seus grupos particulares de amigos e conhecidos.
Para piorar, no final dessa cadeia de ações, o nível de relação pode ficar tão abalado que a postura tolerante que devemos nos pré-dispor a ter, para um bom convívio social, se tem ignorado e excluído das mesas de conversas.
Qual é a proposta?
Todos os dias, nem que sejam apenas 5 minutos de vídeos, escrever alguma coisa boa que aconteceu no dia de um grupo de pessoas, coisas interessantes que fazem algum significado na vida de um grupo maior.
Violência e coisas inúteis, fúteis ou irrelevantes, tem aparecido com certa frequência porém coisas boas (e isso é variável de pessoa para pessoa) tem demorado para aparecer.
Quer ser bom em alguma coisa? Vai lá e faz. Se ficar ruim? Refaz! Até ficar bom. O seu esforço é o seu maior mérito e o seu presente é bom ou talvez o melhor para um grupo maior pessoas.
O que você quer deixar para os outros? Lembra da proposta do Santander? Sim. Então vai lá e faz também.
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