Para quem terminou Oblivion, o jogo anterior da franquia, Skyrim mantém certos elementos, conceitos e controles bem semelhantes ao predecessor e expande as ideias e acrescenta novos conteúdos de forma suficiente para ser ao mesmo tempo um novo jogo (e mostrar uma evolução natural ao que já foi construído) e uma proposta melhor e diferente das apresentadas anteriormente.
ATENÇÃO: TEM SPOILERS DE VÁRIOS JOGOS DA FRANQUIA.
As histórias por trás do jogo...
Narrativa base
Ao final de Morrowind (o 3º jogo da franquia, lançado em 2002) começa a ocorrer a crise de Oblivion (lançado em 2006) porém isso acontece poucos anos antes da real crise quando os portões dos planos de Oblivion (a proposta do 4º jogo) são abertos e o de Cyrondiil onde o rei é caçado pelos servos do demônio que abriu os portões dos planos de Oblivion. Skyrim (o 5° jogo da série) ocorre 200 anos depois desta crise que ocorreu no 4° jogo e representa o final da 3ª era do mundo. Quando Oblivion termina, o herói do jogo parte para outras aventuras (os conteúdos adicionais por DLC) e pôde viver sua vida tranquilamente sendo o que quiser. Para quem conhece a proposta, ‘ser o que quiser’ faz dos jogos da franquia The Elder Scrolls um emaranhado complexo e quase infinito de conteúdo que só jogando algumas muitas vezes que será possível vivenciar tudo o que esses jogos tem...
Skyrim começa igual aos outros jogos também começaram. Uma persona qualquer está presa e precisa sair de seu cativeiro ou invitavelmente será morta. Na prática o jogo é isso, fugir e correr muito pra sobreviver a duras penas, até conseguir lutar, ter dinheiro, comprar novos itens, treinar habilidades, usar armas e armaduras mais fortes, caçar mercenarios, resolver problemas, ganhar as recompensar, vender itens, comprar itens, consumir itens, ficar pesado, morrer tentando, esquecer de salvar, refazer metade do jogo que você fez nas últimas horas e perceber que nada do que você fizer antes de 30 horas de jogo será o suficiente para sobreviver aos oponentes realmente fortes. Lá no início do jogo, no meio da sua tentativa de fuga, um evento maluco liberta sua persona deste cativeiro e o jogo, literalmente, começa colocando o jogador no meio de um mapa enorme, que ele desconhece e precisa descobrir andando sozinho e precisa explorar pra encontrar e saber o que fazer, independente da masmorra, cidade ou caverna que ele se encontra.
Eles deveriam ter agido...
Eles já sabiam...
Os antigos manuscritos diziam que ele voltaria.
Sua derrota era meramente um atraso...
E veio a crise, após, Oblivion, 200 anos.
Quando os filhos de Skyrim...
Derramariam seu próprio sangue.
Ninguém queria acreditar...
Acreditar que ele existia.
E quando a verdade finalmente veio...
...veio com fogo!
Mas, alguém que eles temem...
em sua língua é Dovahkiin, o Dragonboarn.
Os dragões, que são referenciados nas lendas, e são contados nos livros de história (dentro do jogo), eram imaginados como mortos pois faziam séculos que não eram vistos porém um deles volta a vida, ataca alguns vilarejos (um deles onde o jogo começa) e faz renascer outros tantos dragões pelo mundo do jogo. Os dragões atacam de tempos em tempos, em locais diversos, qualquer que seja a pessoa ou animal que esteja passando. Alguns dragões são bons enquanto os outros são malvados e irão caçá-lo.
O jogador é literalmente o tal Dragonboarn da lenda. Uma personagem que tem alma de dragão e que fala a língua dos dragões, e poderá caçá-los para evitar que o líder desses dragões, o Alduim, provoque uma chacina. Nas lendas antigas é dito que Alduim é o devorador de almas e que o trabalho deste dragão é eliminar todos os seres vivos que possam enfrentar e vencer os dragões.
Durante a crise de Skyrim, existe uma guerra civil que ocorre entre dois grupos distintos. Os Stormcloak são as pessoas nascidas em Skyrim e seguidores de Ulfric Stormcloak que deseja uma Skyrim livre de qualquer dominante externo (Thalmor ou Imperial), e os Imperiais que são seguidores do Rei de Cyrondiil, que vive na Cidade Imperial (principal cidade de Cyrondiil onde ocorrem os eventos de Oblivion, pano de fundo do jogo anterior).
Os Stormcloaks acreditam que se seguirem os imperiais seu estilo de vida, culto e credos serão destruídos pois os ‘irmãos de Skyrim’ acreditam no deus Talos algo que o Império não aceita. Para os Imperiais, seguidores da cidade capital, controlar Skyrim é estender os domínios da família real e fazer o império voltar ao tempo de glória da 3ª era, quando Tamriel foi dominada pelos Imperiais. Para evitar que os Thalmors (os Elfos, das Ilhas de Summerset ao sul do continente) expandam seus territórios e influência política este terceiro grupo, nesta guerra civil, tem interesses na província de Skyrim que fica ao sudoeste do continente. O interesse deles é colonizar a província e para isso precisam eliminar tanto os nascidos em Skyrim quanto os Imperiais que já estão em guerra civil.
Se os Imperiais continuarem na região, a grande guerra do passado que ocorreu entre dois desses grupos (os Thalmors e os Imperiais) pode voltar e os Thalmors não querem saber dos credos e cultos dos ‘irmãos de Skyrim’ pois vão causar uma nova chacina querendo ou não.
Dentro dessa problemática toda entre rebeldes, colonizadores, invasores e ‘protetores’, ainda existem os problemas causados pelo ressurgimento dos dragões e o renascimento do Dragonborn, que tem que eliminar o líder dos dragões para salvar não só Skyrim da sua própria crise quanto o continente inteiro do ataque dos dragões. Um baita problema. Como decidir o que fazer?
OBS: o continente onde ocorre o jogo se chama Tamriel e é dividido em nove províncias distintas. São elas: Valenwood, Elseweyr, Summerset Isle e BlackMarsh que não foram vinculados a outros jogos enquanto High Rock (ES Arena), Hammerfell (ES2), Morrowind (ES3), Cyrondill (província da cidade imperial, ES4) e Skyrim (ES5) tem jogos relacionados.
Liberdade de Gênero...
O gênero do jogo é compartilhado por duas propostas. 1) RPG moderno com tudo que faz um jogo com aventura diversa tem para prender o jogador por muitas horas e 2) com um mapa enorme, em formato de mundo aberto, cada canto do terreno pode ser explorado.
Junte a isso as múltiplas possibilidades de misturar habilidades, armas, armaduras e magias, o jogo propõem algo que outros jogos não deixam pois a intenção é ser livre para fazer qualquer escolha e o jogador irá arcar com as consequências dessas muitas escolhas.
Pode-se ser de tudo um pouco (ladrão, arqueiro, mago, guerreiro e tantos outros quanto o jogo permitir) mas o principal, que irá tomar um bom tempo, é ser o ‘herói’ do jogo. Se não for o herói o jogo irá parar? Não mas o objetivo é derrotar o dragão. Depois de vencido outras coisas que precisam ter seus respectivos desfechos poderão ser terminadas.
Além de escolher de qual gênero pode ser, masculino ou feminino, a raça também é importante. As raças disponíveis no jogo são: Altmer (Altos Elfos); Argoniano; Bosmer (Elfos da Floresta); Bretão; Imperial; Khajiit; Nord(icos); Orsimer ou Guardas Vermelhos (Redguards).
E não é só de raça que o jogo permite brincar pois existem as classes. Para quem conhece os sistemas de RPG, tradicional (livro, ficha, dados e papel), ou o eletrônico (online ou não), boa parte da diversão neste gênero é descobrir as coisas com maior poder destrutivo e para isso é preciso combinar raça e classe.
Dentro das classes pode-se criar as mais puras ou as mais misturadas. As básicas são: Guerreiro Pesado (com armas de 2 mãos); Mago de batalha (sem um foco específico) ; Caçador; Bruxo; Paladino; Assassino; Espada da Noite (tipo ninja) são as mais conhecidas e usadas que já darão uma boa experiência e tempo para o jogador desenvolver.
As vantagens de determinadas classes só poderão ser atingidas quando combinadas com determinadas raças ao serem escolhidas no início do jogo, entretanto o sistema de criação de personagens não impede de usar um Orc como mago de guerra ou guerreiro furtivo tipo um ninja. É inusitado e talvez muito ruim mas é nesse nível de liberdade que o jogo permite a criação de personagens únicos e experiências distintas.
E por enquanto é só. Semana que vem tem mais.
Ass.: Thiago Sardenberg
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