Se chegou até aqui sem saber de onde veio, dá uma olhada na 1ª parte dessa análise aqui!
Sonoplastia: Ambiência, música e dublagem
Para se entender como o jogo cria a sua imersão precisamos levar em conta como o clima invernal da região influencia toda a experiência de jogo.
Existe muita neve por todos os lados. Blocos de gelo, geadas e os sons de rajadas de ventos são comuns. Nos personagens temos: os elementais (fogo, gelo e raio), tigres, ursos, trols, bovinos, raposas, cachorros, lobos e alguns outros são os mais comuns mas também existem os bandidos, guardas das facções espalhados pelo mapa, os gigantes, os vampiros, os lobisomens, os ursomens (manbears, DLC, obrigado Yarek do canal do YouTube), os assassinos e os temidos dragões (que irão aparecer com certa frequência).
Algo que chama também a atenção são as cavernas dos Anões. Como estes sumiram de Skyrim milênios antes (por isso não foram mencionados antes), suas ‘cidades’ são construções bem diferentes das cidades do mundo exterior e geralmente estão associadas as minas de metal pois existem muitas delas. Dentro delas existem algumas máquinas que atacam os invasores e junto delas existem os Falmers que vivem em muitas das cavernas dos Anões.
Em todos esses casos (personagens e animais) tem seus barulhos e sons de pegadas, corrida e respiração que ficam evidentes com o silêncio ambiente do jogo. Muitos até falam coisas agressivas como “Morra!” ou “Cai fora daqui! Você não é bem vindo!”
Enquanto passa por um barulho e outro das caminhadas e das corridas as músicas são tocadas de tempos em tempos, principalmente nas cidades ou batalhas (as mais difíceis ficam empolgantes). No meio de uma caminhada e outra, em busca de um local que não estava liberado ou não foi visto no radar, elas irão tocar para acompanhar o jogador no seu trajeto.
A parte boa das poucas músicas em um ambiente gigantesco são as dublagens. Elas se tornam um charme à parte pois independente da repetição com que os diálogos ocorrem e o uso dos mesmo dubladores em diversos personagens, a forma como os atores trabalharam deixa o jogo mais interessante e cria uma vida interna particular. Não é um trabalho de alta qualidade a lá Hollywood mas é um ponto no todo que não pode passar despercebido.
Mecânicas e jogabilidade (+Tela de carregamento + Aula da história do continente no jogo...)
Correr, pular, conversar, minerar, nadar, criar poções, buscar metal, forjar armas, melhorar armas, evoluir habilidades, usar armas, encantar armas, arrumar armaduras e blá blá blá...
Evoluir... Aplicar pontos de habilidade especial, melhorar alguma qualidade (barra de vida, barra de magia, barra de fôlego)... e mais blá blá blá...
Correr mais ainda, pular de alturas enormes encostado nas paredes das montanhas (não, isso não é Assassin’s Creed ainda, mesmo que exista essa vontade), cavalgar, brigar com guardas, atirar escondido a longas distancias, usar magias, abrir cadeados... Ufa... Isso irá se repetir por mais de 90% do jogo...
Conversar com vendedor, roubar pessoas, fugir dos guardas, arrumar tiras de pele pra virar pedaços de armadura, bater, cortar, misturar, guardar itens, vender itens, ganhar dinheiro...
Evoluir... Aplicar pontos de habilidade e melhorar algumas coisas que faltaram...
Dormir, esperar, procurar pessoas, correr de animais malucos que te atacam, fugir dos peixes que te atacam na natação, correr dos lobos que atacam em bandos e...
Durante mais de 150 horas (já estou com quase 200 horas no jogo) essas ações irão se repetir infinitamente ao ponto de ou cansar o jogador ou o mesmo começar a fazer certas ações de forma automática. Literalmente ou se aprende errando ou se arruma a bagunça do personagem com o tempo e começa a ganhar nas baralhas contra os inimigos e dragões até porque, alguma hora o personagem vai estar tão ruim pra resolver certas coisas que ou se recomeça (e mais telas de carregamento e história são contadas) ou o jogador irá chutar o balde e desistir porque não haverá muito mais o que fazer.
E isso é só o básico...
Troféus ou Conquistas
Alguns bem fáceis até porque, é só completar uma série de missões básicas que aparece. Para quem é caça-prêmios a platina vai ser um problema. Tem troféu que realmente dá muito trabalho. Alguns podem até ser interessantes. Dark Brotherhood é um exemplo mas a dos ladrões é um pé no saco de tão chatas. Os troféus da história só seguindo o caminho linear pois neles todos o jogo te obriga a completar certas coisas pra conseguir outras.
Em determinados momentos, nem se imagina que em tal local tem troféu e do nada, aparece um na tela e realmente não tem troféu ali, foi o jogador que completou algo antes. Pra quem não tem opção no console esse jogo tem muita coisa o que fazer e pra quem tem mais opções, se chegar a metade deles vai ser muito e num esforço tremendo. Não é pra qualquer um...
Resultado...
É um jogo com uma quantidade de horas maior que a maioria disponível no mercado. Para quem gosta do gênero, ter um jogo oscilando entre 60 horas e talvez 80 já tem uma boa quantidade de coisas pra fazer e resolver porém chegar a 120 ou 150 horas ou é muita insanidade da equipe de produção (e dos jogadores quererem jogar mais e mais) ou é uma vida que se gasta tanto pra criar quanto para se jogar algo dessa magnitude (ok eu me incluo nessa categoria de jogadores mesmo tendo alguma vida social).
Por outro lado, a diversidade de coisas para fazer e a falta de diretrizes restritivas aos jogadores, desde o início, cria condições excepcionais para chegar num ponto onde a proposta do jogo é uma tentativa fiel de recriar uma determinada realidade. Ponto para a equipe de pesquisa e adaptação do conteúdo. Ficou incrível.
Literalmente veja como era o período medieval e tente viver e encarar as coisas como elas são ou morra tentando e seja feliz fora da tela...
Para quem acha que RPG é igual futebol, todo ano tem um novo, todo ano tem mais, realmente é pra quem é fã do gênero. E para quem não gostar dele o que fazer? Pegue um Zelda, é menos monótono e tem mais coisas diferentes pra fazer mas mais fácil é que não será.
E ainda faltaram as DLCs que ainda não pude jogar (e pegar os troféus)...
Até o próximo jogo...
Ass.: Thiago Sardenberg
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