É um RPG de turnos com muitos monstrinhos que evoluem para mudar de forma, ganhar mais força e usar novos itens, ter novos poderes e poder chegar em suas ultimas formas que variam entre fogo ou gelo. São cerca de 450 monstros diferentes que precisam ser capturados (muito parecidos com pokemon mas que se relacionam com o jogador no estilo digimon).
A descoberta dos poderes mágicos faz com que Oliver possa ler e controlar o livro mágico.
Logo no começa Oliver descobre seus poderes e abre o portal para o novo mundo, Ni no Kuni.
Assim que percebe que mudou de mundo, Oliver e o Rei das Fadas reconhecem sua grandeza.
A lista de magias no livro que Oliver recebe é uma combinação de muitas opções.
Ele pode interagir com o cenário e as pessoas e até mesmo revelar itens escondidos.
A história é um conto de fadas moderno e nada infantil. Para quem imagina jogar algo de criança passe longe. Logo no inicio a mãe do protagonista morre por consequência da tal bruxa branca que envia também o que deveria ser o vilão chato da história que só morre depois de muito bater e evoluir os personagens e seus monstros mais fortes.
A história principal é a de Oliver. Mostra a superação da depressão depois da perda de sua mãe pois descobre de que é filho de Alice uma grande maga do passado. Ao descobrir que o bicho de pelúcia que tanto gosta é o rei das fadas, descobre também que tem poderes mágicos. Após mudar de mundo e encontrar o mundo original de sua mãe, também percebe que é o único que pode vencer o vilão Shadar.
No caminho encontra vários outros personagens, passar por vários reinos de diversos elementos até agrupar pessoas que participam da sua jornada para derrubar Shadar entretanto, após a derrota do mesmo, o mundo fica coberto por uma nevoa branca e as pessoas e monstros se tornam zumbis e os chefes de fase ficam já mais poderosos do que os naturalmente fortes.
O sistema de batalha é dinâmico. Controla-se um dos três personagens disponíveis que podem controlar outros três monstros quaisquer. Os personagens são na pratica os mesmos do inicio ao fim porém os monstros são muitos. Será preciso evoluir todos eles em lutas constantes que ocorrem contra outros personagens no mapa principal ou nos labirintos de cada região.
De forma crescente, novos inimigos, mais poderosos e de outros elementos (fogo, agua, gelo, floresta, pedra, mecânico e até mesmo os fantasma, necrófilos, mortos vivos e ou, zumbis) vão aparecendo criando novas situações em caminhos lineares que indicam para onde ir. Ao final desse caminho um chefe de fase, forte e muito mais rápido aparece e precisa ser derrubado.
A cada ‘capítulo’ do jogo um novo pesadelo (inimigo criado por Shadar para deter Oliver e companhia) é enviado para o mundo original de Oliver entretanto outros pesadelos também aparecem no mundo das fadas. Cabe a tropa de Oliver resolver esses inferninhos. Ao final de todos esses problemas, óbvio, se encontra o local para acessar a tal bruxa branca. Descobre que ela é vítima e culpada por todo o caos no mundo e também é revelado “Shadar é a forma perversa do Oliver original” mas que aparece poucas vezes durante a narrativa do jogo.
No meio desse interim todo, o mundo com sua musica não cativante fica tocando ao fundo. As batalhas, chefes, calabouços e desafios mais difíceis tem as mesmas músicas. Apesar de cansativa pelas 60 horas de jogo para se zerar, no final a obra é boa pois conta com melodias agradáveis que alternam de forma já bem tradicional devido o gênero ao qual pertence.
O mapa do mundo de Ni no Kuni pode não parecer tão grande mais é bem extenso.
Por ter seu início no mundo dito humano, a cidade inicial é bem reconhecida pelas casas, ruas, lojas e diferentes localidades que lembram bastante o período da década de 1940.
Para quem gostar do período de 1940 apesar de ser fechado e curto a cidade de Oliver tem uma vida própria e é recheada de problemas cotidianos e conhecidas para serem resolvidos.
Inclusive um carro de corrida da época é usado para mostrar uma cena bem estilo Ghibli.
As músicas, na pratica, é quase um gangnang que vem do período da história americana da expansão para o oeste onde os bares tinham um piano que tocava a mesma música repetidas vezes automaticamente. Esse recurso também foi usado nos jogos de Super Mário em Super Mario World. É a mesma música tema mas em velocidades e tons diferentes, dando a sensação de serem outras porem é a mesma música.
As artes foram criadas pelo falido estúdio Ghibli. Famoso por produções como: ‘Meu amigo Totoro’; ‘Princesa Mononoke’; ‘Ponio, uma amizade diferente’ e ‘Porco Rosso’ é de qualidade impar e memorável por sua própria natureza. Apesar de colorido e um mundo vivo, o jogo também carrega um tom depressivo. A falsa impressão de ser para crianças vão deixar os mais novos irritados com essa discreta sensação mas aos adultos que gostam do gênero podem se assustar pelo excesso de brilho e das cores usadas. A parte boa disso é uma obra acessível para todos, tanto por sua beleza gráfica quanto por seu desafio crescente e constante. Vai demandar tempo para conseguir tudo que o jogo promete (e cumpre sem pestanejar).
Não tem DLCs. E em uma geração regrada por essa alternativa de caça níquel, é uma surpresa. Os troféus são muitos. Cerca de 60 deles. Em 60 horas consegue-se quase a metade o resto é para os mais aficionados e com tempo para jogar tudo de novo. No pós jogo ainda sobram muitas atividades para se completar e os troféus que só são liberados após os créditos finais.
A dublagem é boa e para quem não gosta do idioma japonês o idioma inglês está disponível logo no início (que merda de dublagem forçada e mecânica). Com legendas em diversos idiomas da Europa, a versão brasileira segue a mesma linha, infelizmente sem o Português mesmo o europeu (a franquia little big planet tem certo destaque por essa opção).
O pacote completo do jogo, no lançamento, foi um dos mais recheados até hoje.
Apesar de ter algumas mudanças drásticas nos nomes dos personagens (na tradução inglesa sempre ocorrem essas adaptações) quem preferir jogar em japonês do inicio ao fim é um prato cheio. Não é uma má escolha mas a quantidade de gritos pode ser uma reclamação de pessoas assistindo e a dublagem é cerca de 30% melhor. Por já estar acostumado ao idioma foi bom.
As diferenças são poucas e vão mais para o tom de voz dos japoneses que é mais agudo que o inglês e pelo inglês falar frases que nem sempre são necessárias (apesar de estarem no idioma japonês também) é pela repetição acabam por cansar o ouvido do jogador. O que no japonês se tornam barulhos de fundo e acaba por irritar menos é uma alternativa interessante.
Os três grandes vilões da história tem suas formas de ataque e defesa que, a cada nível ao qual pode-se passar por eles, deixará o jogador com problemas bem relevantes caso não esteja com armas fortes ou os itens certos e necessários para sobreviver. Destaque para o Zodiarc, um chefe complicado por suas múltiplas formas de ataque e que deixa a batalha muito divertida. Shadar é outro que vai dar trabalho pois tem três formas diferentes e cada vez mais fortes (lembrando muito a batalha de Freezer em Dragon Ball Z ou o Ganondor da franquia Zelda na versão Twilight Princess).
A bruxa branca é um dos oponentes mais poderosos do jogo.
E o grande vilão da história, Zodiarc, é um chefe cheio de surpresas.
Post Mortem: O pacote completo do jogo é tão recheado de conteúdo físico que o Livro de Magia foi impressoa, existe um poster, o CD duplo da trilha sonoro, um boneco de pelúcia do Rei das Fadas, uma moeda e veio numa caixinha especial toda bonitona. Quem conseguiu essa versão saiu no lucro pois é uma das melhores que a geração teve. Promessa de surpresas? O jogo tem de sobra.
Até a próxima análise.
Ass.: Thiago Sardenberg
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