3 – Músicas e barulhos, o ar sombrio vem dos detalhes
Algumas músicas serão velhas conhecidas dos jogadores
antigos enquanto outras serão totalmente novas a ocarina está de volta para
ajudar o jogador a resolver problemas. Abrir uma determinada porta talvez não
precise de música certeira mas levantar um esqueleto gigante adormecido é uma
tarefa para poucos instrumentos musicais.
Cada templo (e região), como no jogo original, tem suas
músicas específicas. Mudando conforme o jogador leva dano, ou quando os inimigos
aparecem, e até mesmo na virada entre dia e noite, as músicas são itens
importantes no decorrer da aventura. Algumas são tão interessantes que podem
abrir templos ou duplicar a forma de nosso herói para o mesmo conseguir subir
uma torre de pedras inteira (e no final ter mais um templo pra desvendar).
Viajar pelo mundo também será uma tarefa menos complicada
com a ajuda da coruja e sua música de viagens rápidas (para isso é preciso
chegar em novas regiões para abrir as asas das corujas). As músicas também podem
deixar o tempo do jogo mais lento ou rápido e é com a velha conhecida, song of
time, que o tempo pode ser todo retrocedido.
Ao juntar todas as músicas ainda temos, barulho de vento, do
cavalgar da égua, das marés, da banda de música, dos animais mais alvoroçadas,
das risadas das bruxas, dos cenários internos, é muito som junto ou específico
que dá um charme especial ao trabalho ao mesmo tempo em que as bombas, os
ataque especiais, as armas e itens também tem seus barulhos o que dá uma grande
imersão ao jogador e mostra um cuidado primoroso da equipe produtora.
4 – máscaras e itens (nossos felizes aliados)
Por ser um jogo onde a ideia de “exército de um homem só” é
levado ao pé da letra, o jogador precisa se preparar para cada nova área liberada.
Além das mascaras darem o tom e a cara da diversidade da aventura. Nesse grupo de
itens temos as máscaras especiais que trocam a aparência de nosso herói e
deixam disponíveis fraquezas e qualidades específicas de cada uma das versões
possíveis de serem usadas (Dekus, Gorons ou Zoras).
Enquanto outras máscaras “habilitam” funções especiais como
o cheiro que só um porco pode ter para achar cogumelos mágicos, ou aumentar a
velocidade do herói, ou achar as fadas dos templos mais rapidamente, cada
máscara tem uma função específica e juntas elas ajudam o jogador a resolver os
problemas que o jogo apresenta.
Nos itens, temos alguns temporários e que sumirão quando relógio voltar. Outros somem porque não é possível carrega-los já que são fáceis de serem recuperados. Porém, alguns itens são permanentes e assim facilita parte do trabalho (recuperar as mascaras todas as vezes?, caos terrível).
No caso dos itens recuperáveis (todos eles são, de certa
forma), temos flechas, bombas, fadas, poções e dinheiro. Coisas simples e rápidas
de serem arrumadas. Os que não se perde são a espada, o escudo, o arco, os
potes, as mascaras entre outros menores.
Mesmo que o jogo penalize o jogador com os itens que ele
realmente usa para avançar no progresso, também é generoso o bastante para dar
muito dinheiro e poder comprar outras coisas e não ficar no prejuízo da falta
de itens. Talvez o pior prejuízo seja precisar deixar de fazer coisas para
comprar item e depois continuar mas isso também é contornável com o gasto de
tempo, mesmo que seja um problema secundário inevitável.
5 – Releitura em 3D
A história não vai mudar. O final está pronto e será sempre
o mesmo. O jogo não tem porque de ser mudado. Ele já está muito bom da forma
como foi feito e quando se tenta melhorar algo bom, pode-se estragar a obra. Não
é atoa que ele é lembrado como um dos melhores jogos até hoje entre os fãs da
franquia.
Com essa releitura para uma nova audiência aproveitar esse
jogo em um novo portátil, a nostalgia acerta em cheio os jogadores mais velhos.
Da mesma forma que o predecessor foi relançado com qualidade 120% maior em
relação ao original, o novo Majora’s segue a mesma tendência e apresenta um
aprimoramento gráfico pra lá de bem vindo ao já debutante jogo.
Dando um tapa no visual e mudando algumas poucas funções (o
rumble não existe no portátil ao ponto de ser dispensável na nova versão)
algumas facilidades foram acrescentadas enquanto outras firulas também
receberam sua devida atenção. O cuidado extremo junto ao capricho da época,
mostra que fãs e fabricante sabem apreciar um bom trabalho.
Melhorar o que era impossível se tornou realidade quando o Ocarina
3D foi lançado e Star Fox 64 3D também recebeu esse mesmo tratamento (e se
mantém como um dos jogos mais jogados até hoje). Majora’s Mask receber essa
mesma atenção seria um surto para os fãs e como a grande maioria estava cética acabava
botando em dúvida as pistas dadas.
Mario 64 DS mostrou que nostalgia pode andar junto com a
evolução e portabilidade de algumas propostas. Só porque ficou menor não
significa que deixou de ser grandioso.
Não pense duas vezes. A
aventura é tão mirabolante quanto qualquer outro Zelda já criado. Mesmo que um
bom vinho termine no final do jantar a vantagem de um bom jogo é poder ser revivido
para sempre.
Ass.: Thiago C. Sardenberg
Semana que vem tem o lançamento do jogo para o 3DS, por isso essa homenagem a um dos jogos mais bacanas que tive a oportunidade de jogar.
Na próxima semana outra aventura de um outro jogo...
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