sexta-feira, 20 de março de 2015

Majora's Mask - A saga da busca por um eterno amigo


3 – Músicas e barulhos, o ar sombrio vem dos detalhes

Algumas músicas serão velhas conhecidas dos jogadores antigos enquanto outras serão totalmente novas a ocarina está de volta para ajudar o jogador a resolver problemas. Abrir uma determinada porta talvez não precise de música certeira mas levantar um esqueleto gigante adormecido é uma tarefa para poucos instrumentos musicais.

Cada templo (e região), como no jogo original, tem suas músicas específicas. Mudando conforme o jogador leva dano, ou quando os inimigos aparecem, e até mesmo na virada entre dia e noite, as músicas são itens importantes no decorrer da aventura. Algumas são tão interessantes que podem abrir templos ou duplicar a forma de nosso herói para o mesmo conseguir subir uma torre de pedras inteira (e no final ter mais um templo pra desvendar).


Viajar pelo mundo também será uma tarefa menos complicada com a ajuda da coruja e sua música de viagens rápidas (para isso é preciso chegar em novas regiões para abrir as asas das corujas). As músicas também podem deixar o tempo do jogo mais lento ou rápido e é com a velha conhecida, song of time, que o tempo pode ser todo retrocedido.

Ao juntar todas as músicas ainda temos, barulho de vento, do cavalgar da égua, das marés, da banda de música, dos animais mais alvoroçadas, das risadas das bruxas, dos cenários internos, é muito som junto ou específico que dá um charme especial ao trabalho ao mesmo tempo em que as bombas, os ataque especiais, as armas e itens também tem seus barulhos o que dá uma grande imersão ao jogador e mostra um cuidado primoroso da equipe produtora.


4 – máscaras e itens (nossos felizes aliados)

Por ser um jogo onde a ideia de “exército de um homem só” é levado ao pé da letra, o jogador precisa se preparar para cada nova área liberada. Além das mascaras darem o tom e a cara da diversidade da aventura. Nesse grupo de itens temos as máscaras especiais que trocam a aparência de nosso herói e deixam disponíveis fraquezas e qualidades específicas de cada uma das versões possíveis de serem usadas (Dekus, Gorons ou Zoras).

Enquanto outras máscaras “habilitam” funções especiais como o cheiro que só um porco pode ter para achar cogumelos mágicos, ou aumentar a velocidade do herói, ou achar as fadas dos templos mais rapidamente, cada máscara tem uma função específica e juntas elas ajudam o jogador a resolver os problemas que o jogo apresenta.


Nos itens, temos alguns temporários e que sumirão quando relógio voltar. Outros somem porque não é possível carrega-los já que são fáceis de serem recuperados. Porém, alguns itens são permanentes e assim facilita parte do trabalho (recuperar as mascaras todas as vezes?, caos terrível).

No caso dos itens recuperáveis (todos eles são, de certa forma), temos flechas, bombas, fadas, poções e dinheiro. Coisas simples e rápidas de serem arrumadas. Os que não se perde são a espada, o escudo, o arco, os potes, as mascaras entre outros menores.

Mesmo que o jogo penalize o jogador com os itens que ele realmente usa para avançar no progresso, também é generoso o bastante para dar muito dinheiro e poder comprar outras coisas e não ficar no prejuízo da falta de itens. Talvez o pior prejuízo seja precisar deixar de fazer coisas para comprar item e depois continuar mas isso também é contornável com o gasto de tempo, mesmo que seja um problema secundário inevitável.



5 – Releitura em 3D

A história não vai mudar. O final está pronto e será sempre o mesmo. O jogo não tem porque de ser mudado. Ele já está muito bom da forma como foi feito e quando se tenta melhorar algo bom, pode-se estragar a obra. Não é atoa que ele é lembrado como um dos melhores jogos até hoje entre os fãs da franquia.

Com essa releitura para uma nova audiência aproveitar esse jogo em um novo portátil, a nostalgia acerta em cheio os jogadores mais velhos. Da mesma forma que o predecessor foi relançado com qualidade 120% maior em relação ao original, o novo Majora’s segue a mesma tendência e apresenta um aprimoramento gráfico pra lá de bem vindo ao já debutante jogo.

Dando um tapa no visual e mudando algumas poucas funções (o rumble não existe no portátil ao ponto de ser dispensável na nova versão) algumas facilidades foram acrescentadas enquanto outras firulas também receberam sua devida atenção. O cuidado extremo junto ao capricho da época, mostra que fãs e fabricante sabem apreciar um bom trabalho.

Melhorar o que era impossível se tornou realidade quando o Ocarina 3D foi lançado e Star Fox 64 3D também recebeu esse mesmo tratamento (e se mantém como um dos jogos mais jogados até hoje). Majora’s Mask receber essa mesma atenção seria um surto para os fãs e como a grande maioria estava cética acabava botando em dúvida as pistas dadas.

Mario 64 DS mostrou que nostalgia pode andar junto com a evolução e portabilidade de algumas propostas. Só porque ficou menor não significa que deixou de ser grandioso.


6 - O veredito é simples: joguem!
Não pense duas vezes. A aventura é tão mirabolante quanto qualquer outro Zelda já criado. Mesmo que um bom vinho termine no final do jantar a vantagem de um bom jogo é poder ser revivido para sempre.
Ass.: Thiago C. Sardenberg
Semana que vem tem o lançamento do jogo para o 3DS, por isso essa homenagem a um dos jogos mais bacanas que tive a oportunidade de jogar.

Na próxima semana outra aventura de um outro jogo...

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