domingo, 25 de janeiro de 2015

Dia 23-01-2015! Resumo do 3° dia são 14 horas de uma sexta-feira

É isso aí, perdi o desafio por isso nem vou me estender tanto nesse texto. Foi quando deveria começar a vivenciar o desafio de “não reclamar” com outras pessoas que o destino já me pregou uma tremenda rasteira. Fui almoçar com minha mãe em um restaurante perto de casa e foi que entendi a proposta do desafio, se reclamar é preciso, saber reclamar é fundamental...


Assim que chegamos vimos que estava meio cheio. Arrumamos um local e fizemos nossos pedidos. 40 minutos depois de feito o pedido e a mesa ao lado, com clientes que chegaram depois de nós, já estavam pagando a conta “O que?” minha mãe já ficou com aquela cara emburrada. Sabem como é, pessoa idosa, com sua vivência e falta de paciência, ela é paciente pra caramba, começou a pedir a atenção das garçonetes e as chamava de “psiu”.

Fiquei impaciente porque chamar de “psiu” assim, qualquer que seja a pessoa, acho muita falta de respeito. Chamei a atenção de minha mãe e continuei a esperar. Assim que ela foi ouvida, veio duas atendentes e uma delas pedindo pra repetir o nosso pedido porque a cozinha havia perdido a comanda.

Sem pensar duas vezes, e com quase 1 hora depois de te-lo feito, não deixei dúvidas, levantei da mesa e fui pra outro restaurante. Minha mãe achou exagero da minha parte mas não há exagero no desrespeito alheio. O restaurante que era bom ficou com a reputação dele queimada. Não volto lá por nada. Esse já não era o primeiro da região onde moro e que fiz isso não vai ser agora que o serviço vai melhorar.

E dessa forma, saí sem pagar o consumo de bebidas que havia feito (e eu gosto de pagar as coisas), por irresponsabilidade de outros que deveriam ter mais cuidado com o precioso cliente. São eles que pagam as contas dos estabelecimentos e os salários dos funcionários... Mudei de local, porque estava com fome. Assim que cheguei, me servi, almocei e continuei a reclamar, de forma educada, do acontecido.

Resultado: o aprendizado que fiz da proposta foi enorme e me chamaram muito a atenção para não deixar de tentar de novo num futuro muito em breve. Garanto, a quantidade e a qualidade das reflexões que ela gerou foram muito boas e podendo listar as principais reflexões da pratica no dia-a-dia:

- nunca dependa de outros para ter o seu trabalho bem feito.
- se for depender de serviços alheios, vá de cabeça fria.
- nunca tenha um prazo para cumprir nesses casos, o atraso pode ser inevitável.
- a total capacidade de outras pessoas irritar uns aos outros é infinitamente maior que sua paciência pode durar enquanto tenta não reclamar.
- nunca faça algo pela simples obrigação da proposta, você vai se estressar.
- algumas vezes podemos, e iremos, acordar com o pé esquerdo.
- em dia de chuva vá de guarda chuva! Fatores adversos podem piorar ou “melhorar” o já abalado bom humor do seu dia.
- estar de bom humor não necessariamente é ficar sem reclamar, mas evita boa parte do estresse.
- você, individuo, é o único responsável pela sua própria forma de reclamar e ser ouvido por aqueles que você precisa que te atendam.
- o real responsável pela melhoria de qualquer serviço é o próprio cliente, sem reclamar não funciona, reclamando piora ainda mais. Atenção em como fazer as suas reclamações.
- nunca saia de salto alto “Hoje é meu dia!” e vá sem ele. Além de ser mais pratico, as intemperes dos fatores externos costumam nos pregar peças homéricas, não dê corda a elas.
- complacência com o trabalho dos outros é fundamental, outros podem estar passando por um dia tão péssimo ou pior que o seu e por isso não descarregue neles sua raiva, eles não tem culpa sobre o seu humor galopante.
- acima de tudo, tenha sempre na sua frente: discernimento com os fatos apresentados e paciência para ser ouvido. Ao ouvir o “causos” e “acasos” dos outros também ajuda a não reclamar de forma explosiva ou inesperada (para os outros).



Vou continuar a me esforçar para não voltar a reclamar e aprender cada vez mais sobre como melhorar e explorar de outras formas a minha feliz e cada vez mais necessária paciência. Esse assunto vai ser revisitado de tempos em tempos para mostrar o progresso do desafio. Vai ser um trabalho que vai demorar anos para se concretizar. A experiência foi válida e é uma forma de fomentar a autoanálise o tempo todo. Só assim poderemos evoluir nosso espírito e consciência sobre ele mesmo.

A partir disso deixo a minha principal dica: respire fundo e medite sobre o seu dia, todos os dias. Mesmo cansado, estressado, na deprê, por qualquer que seja o motivo, parar e pensar faz muita diferença. Ajuda a chegar em conclusões que nos botam pra frente de novo. Sem isso não estaríamos fazendo mudanças em nossas vidas o tempo todo, problema são as pessoas que se acomodam e não querem mudar e isso é responsabilidade deles.

Ass.: Thiago C. Sardenberg

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