quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

O grande Escape - Rayman 2 - GOG

Um plataforma 3D com aventura competende. História simples e cativante. Desafio moderado, mesmo para os padrões de hoje. E algumas fases realmente difíceis e chatas. Algumas delas bem curtas outras exageradamente longas, entretando é um jogo que poderiam considerar que evelheceu mal e de forma muito rápida mas nem foi tanto. Algumas situações inusitadas do genêro MetroidVania podem agradar, o que caracteriza o jogo como um de exploração gradual e progressão constante mas não é. As fases são fixas, o hub de fases é fechado em si mesmo e todas as fases, a partir do hub principal, têm início, meio e fim definidos. Para revisitar algumas fases iniciais as atualizações dos poderes de Rayman devem ajudar mas muito mais necessárias aos perfeccionistas do que jogadores casuais.

Na versão original de N64 (PlayStation e Dreamcast) era preciso usar o cartão de memória para salvar o progresso apesar de eu achar que no N64 não era preciso tecnicamente mas, salvar progresso no cartucho também é perder espaço de jogo então, não foi uma escolha qualquer colocar no cartão de memória esse requisito para chegar ao final. E para aproveitar ao máximo o jogo no N64 a caixa também indicava o uso do Expansor de memória melhorando texturas, animações e o carregamento mais rápido das fases. Mesmo com a possibilidade de usar a função de tremer como acessório opcional, do controle, na época, no PC a situação não foi garantida. Infelizmente, mesmo com o Dual Sense, configurado como Xbox, o controle não tem a função de tremer, uma pena. Tirando isso, a proposta é boa. Dá pra jogar umas boas horas sem perceber.

Uma das curiosidades da época era que tanto o Dreamcast quanto o PlayStation era consoles de CD como mídia. A arte de capa era uma forma de divulgar os jogos, como sempre foram, porém por terem formatos fechados em suas próprias caixas de transporte, os jogos em CD eram menos chamativos. Outro detalhe importante era a quantidade de acessórios extras que a versão N64 tinha informando na caixa.

Na ambientação os gráficos não são ruins, para a época eram bons mas hoje, vão incomodar. Apesar da defasagem de tempo, a equipe de produção conseguiu repassar algumas boas ideias para o projeto. Piradas, ambientes de navios, cavernas, fundo do mar, rios e florestas foram bem representados. O ponto alto da jornava foi visitar o mundo dos mortos para conseguir uma poção para um companheiro do herói. Ao final era preciso fazer uma escolha que, para os afortunados vai ser difícil escolher, para os bem aventurados a resposta é obvia por natureza. Essa passagem também me lembrou o Caronte da mitologia Grega. Uma referência básica para uma produtora da França. 

 

O jogo não tem dublagem mas tem uma sonorisação própria dos personagens nos diálogos com legendas. Ajuda a entender. As músicas também não são das piores mas funcionam bem. Criam um clima de mistério e desafios que combinam de forma agradável. 

Se for pensar em se divertir, como um jogo novo, recem lançado, esqueça, a ideia não é essa. Jogue mais pela diversão sem se preocupar com qualidade, e com os desafios do que com os gráficos. Esse jogo não preza pela qualidade visual mas sim a aventura como um todo.

Por ser um coletaton, jogos de muitos colecionáveis espalhados pelas fases, para os colecionistas é uma opção das antigas que vai irritar em muitos momentos mas vai desafiar em varios outros.


A versão GOG, infelizmente, não tem troféus mas faz parte do programa de perservação de jogos antigos que mostra o quanto essas aventuras do passado são importantes. Quem preferir também pode jogar a vesão Ubisoft Connect da produtora.

A produção dos jogos melhoraram muito nas ultimas décadas mas perder a origem de algumas franquias é uma perda enorme para o futuro das bibliotecas de jogos. Compre em promoção pois não custa caro e é uma aventura desafiante de forma moderada. Vale o tempo.


Uma nota pro jogo? Uns 7,5 por estar com idade batendo a porta não pelo desafio.

Até o próximo jogo.

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