sábado, 11 de julho de 2015

Entre o Bem e o Mau - parte 1 de 3 (Beyond Good & Evil HD version)

Falar de um jogo aclamado pela critica e odiado pelo público costuma gerar um certo repúdio por parte dos leitores de blogs e sites especializados em games. Antes de acontecer isso vamos a algumas informações interessantes e que podem ser relevantes aos futuros interessados.


Parte 1 – Curiosidades do projeto: de onde ele veio e o que ele é hoje

Beyond Good & Evil é um jogo de vídeo games criado por Miche Ancel, criador de Rayman, e publicado pela empresa francesa UbiSoft. Lançado originalmente no ano de 2003 foi aclamado pela mídia especializada por sua proposta diferente e inovadora por diversos aspectos.

Recebeu nota de 8.3 / 10.0 do Metacritc no mesmo ano e de 8.7 / 10.0 dos usuários e comentaristas do site. Enquanto a nota da versão HD (de 2011) se manteve no mesmo patamar do original (o jogo só recebeu uma recauchutada gráfica) o público inicial do jogo não gostou muito do projeto e o fez cair no desgosto pouco tempo depois.

Até porque, Splinter Cell, Rayman e Prince of Persia eram bons projetos com seus consumidores já estabelecidos. Ofuscar essa nova franquia foi uma consequência inesperada dos outros lançamentos da época. Bom para a UbiSoft que aprendeu a se dedicar mais em títulos consagrados. Ruim para a indústria que só faz repeteco ano após ano e essa postura tem ficado cada vez mais evidente nas gerações seguintes (PS3 e XBOX 360 / PS4 XBONE).

Além de o jogo ter vendido muito abaixo do esperado, ainda caiu no esquecimento logo depois. Para quem gostou da ideia original o transformou em um jogo Cult por sua proposta enquanto seus gráficos seguiam uma tendência mais cartoon que vigorava na época.


Outro fator interessante foi a diversidade de plataformas as quais o jogo foi lançado. Nos PCs ele veio em 4 CDs de jogo instalável (bem grande para a época e no período em que os leitores de DVDs não era tão populares). Nas plataformas PS2 e XBOX (original) ele veio em 1 DVD de 4.5 GB (mídias dos consoles na época e compatíveis com DVD de Vídeo). O jogo não tinha mais do que 2GB de tamanho e se otimizado poderia ficar um pouco mais reduzido. No Game Cube o jogo veio em 1 Mini DVD (mídia da época na plataforma para reduzir pirataria) e tinha o tamanho de 1.5 GB devido a otimização e compactação de conteúdo. A quantidade de detalhes técnicos da época era bem variada e a equipe da UbiSoft fez um bom trabalho adaptando e disponibilizando o jogo para varias delas.

O fato de ter sido lançado para tantas plataformas, fez o projeto ficar bem mais caro que o previsto originalmente. Junte a isso o jogo não ter compatibilidade a controles de PCs da época, fez as vendas reduzirem algum percentual. Ou seja, o que já era complicado de ser entendido, ficou muito mais caro e poderia ter sido um fracasso geral.

Outra curiosidade foi que as vendas, mesmo abaixo do esperado, fez o jogo ter uma edição de jogo do ano 2004 devido aos prêmios e boas classificações que ganhou na mídia especializada. Mesmo assim, as vendas continuaram fracas e abaixo do esperado.

A situação só mudou de patamar na versão HD e as vendas se tornaram boas o bastante graças as promoções da PSN E XBOX Live Arcade. Além de evitar a pirataria, garantindo assim um jogo de 1.5 GB somente. Por ser uma versão HD fica a surpresa na compactação do conteúdo. Muito bem trabalhado pelas equipes responsáveis pela conversão e adaptação.



Parte 2 - A proposta de mecânica, quase diferente, de um bom novo jogo

A parte inovadora do jogo foi usar a temática de investigar locais a partir de casos de pessoas (cidadãos) desaparecidas, onde tirar as fotos evidencia as provas coletadas. Ao publicar num “jornal” na cidade principal do jogo, pode causar uma revolta na população contra um grupo de invasores alienígenas que estava manipulando as mídias e o governo local.

O detalhe clichê é para o combinado de invasão alienígena e os controlados (do governo até as mídias) mas isso não impede o projeto de ser bem executado.

A parte realmente bacana e diferente do jogo foi no seu sistema de combate. Os comandos de desame vem do 2° personagem controlado enquanto os ataques são feitos pelo jogador/personagem principal. Podendo-se controlar entre 1 a 3 personagens ao mesmo tempo é bem tenso uma pequena parte do jogo mas a maioria do tempo vai ser com 2 personagens (onde o suporte que será alterado devido o roteiro e história do próprio jogo).


Onde o jogo acerta é na forma como coletar as informações por fotografias. Não lembra em nada de Fatal Frame (outra franquia bem conhecida) porque não é de terror e mesmo que tenha cenários sinistros ou bem escuros o jogo se mantem fiel a proposta original de investigar e evidenciar fatos. A mistura de diferentes mecânicas de outros jogos no meio do jogo principal é um bom trunfo guardado com maestria no decorrer dele.

Evoluir parte dos equipamentos, aumentar a barra de vida, fazer seu hover craft voar até a lua são situações bem bacanas e os controles não vão ajudar muito porém é questão de hábito.

A exploração dos cenários a pé, ou com o veículo que é usado em corridas de barcos, ou na perseguição da polícia (aqui ela não é boazinha), em modo stelf de se jogar (ser um gatuno e se manter na surdina é uma parte essencial das mecânicas e dos desafios principais) e quebra-cabeças é o ponto chave do jogo. Temos muitos quebra-cabeças. Alguns realmente bem fáceis outros nem tanto e um ou outro mais problemáticos porque não são tão evidentes. O que cria uma mecânica permeada por pontos altos e baixos e um estresse ou outro. Na média, para a época de lançamento, um bem combinado de coisas importantes para um jogo de sucesso.


Até a próxima parte

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