Acabei de ler o mais recente quadrinho que comprei. Para muitos ele não passa de mais um livro ilustrado; para os críticos e avaliadores especializados (como os americanos) ele é mais uma novela gráfica, que por definição foi concebida nos EUA na década de 1940, no início do mercado de quadrinhos regionais. Não é intenção de este post falar sobre os quadrinhos, cuja elaboração fundamenta-se em palavras, imagens e expressões gráficas como a onomatopéia. O objetivo deste post apresenta-se pura e simplesmente na seguinte questão: como manter instigante e divertida uma boa leitura?
Durante anos, o cinema foi visto como a ovelha negra e moderna do teatro. Em seu início, as peças e grandes obras criadas pelos autores clássicos foram criticadas e de certa forma desmerecidas por todos, gerando repreensão e repúdio social. Estas mesmas peças e grandes obras seriam futuramente responsáveis pela geração de um novo tipo de entretenimento. Passado um século de sua criação, o cinema atual apresenta-se tão evoluído quanto o teatro e outras artes no mundo, gerando bilhões de dólares em receita anual; trazendo a fama para muitos atores e atrizes e se firmando como mais uma grande e renovadora invenção do ser humano em seu papel de divulgador da arte.
Da mesma forma que os letrados, defensores dos livros e da busca por boas leituras, viram nos quadrinhos um grande inimigo e deturpador da boa imagem que a literatura representava para a sociedade daquela época, a mesma sociedade letrada sofreu com a repreensão da critica dita "especializada". O fato em si a levou a batalhar com seus criadores e leitores, a fim de mostrar à sociedade o papel dos quadrinhos, papel este refletido por uma forma de arte e expressão tão boa quanto à pintura e a literatura, já vistas desde muito antes como tal.
A intenção dos quadrinhos não é só a de alfabetizar um povo, mas também a de conduzir o olhar destes para uma série de símbolos e códigos que fazem dos quadrinhos uma forma de comunicação tão grande e importante quanto os pôsteres dos filmes, os livros e as fotografias. Nossos olhares podem ser melhorados e estendidos por conta da existência e insistência no uso desse meio de informação tão divertida e particular e para se entender como os quadrinhos influenciaram e seguem influenciando gerações, gostaria de relembrar parte da História da arte, cultura e educação religiosa ocidental.
Na Idade Média parte da Europa era analfabeta e mesmo diante da rica diversidade entre as culturas, estas eram muito mistificadas e desfavoreciam a união entre os povos. Considerando-se a dominação exagerada imposta pela Igreja Romana, vista até aquele instante como a grande entidade regente do mundo, como terá sido então possível induzir esses povos a entenderem o que a, tão falada Bíblia tentava dizer, ainda que os povos em questão não possuíssem o domínio da leitura e da escrita?
A pintura foi a grande solução encontrada pela Igreja e com ela toda uma cultura religiosa voltada para o catolicismo foi criada, explorada e aperfeiçoada, a fim de obter popularidade com os chamados crentes, tão falados na época, conduzindo-os dessa forma ao papel de fiéis do cristianismo. Mediante tal conversão, um novo tipo de dominação e de controle seria, por fim, empregado por conta das classes dominantes, como os reis, os governantes temporários e a tão "grandiosa" Igreja Católica Romana.
Independente da especificidade da arte em questão (seja ela a pintura ou a escultura), este tipo de expressão representava a arte pura, e foi com ela que as grandes fábulas da Bíblia continuaram a ser contadas por varias gerações, ao mesmo tempo em que as paredes das Igrejas, ao redor do mundo, agregavam às culturas locais, os cultos e os valores da Igreja Romana em suas raízes.
Por si só, a pintura não passa de uma expressão particular e subjetiva de quem as cria, porém é nesse ponto que a alfabetização do povo cria um impasse nas culturas daqueles que sabem ler, escrever e criar qualquer tipo de arte: o que é, afinal de contas, a alfabetização pela arte de uma maneira geral?
Para muitos, leitura é aquilo que aprendemos em casa quando começamos a escrever nossos nomes e quando chegamos à escola, mediante a apresentação do alfabeto. Aprendemos a juntar as letras para formar palavras e destas palavras formamos as ditas frases, responsáveis pela construção e aperfeiçoamento de nossa linha de pensamentos, permitindo com a aplicação dos recursos oferecidos pela linguagem, em especial a escrita, uma maior compreensão do nosso mundo e das sociedades que o compõem como um todo.
Há mais ou menos 120 anos atrás, o domínio da leitura e da escrita era considerado um diferencial social e individual, e assim permaneceu sendo durante muitas décadas posteriores à abolição da escravatura no Brasil. Há 70 anos atrás, muitos foram os estudos voltados para a busca da valorização, por parte da população alfabetizada, da literatura nacional como produto de entretenimento. Infelizmente até hoje temos problemas com isso no mundo, e há 40 anos o assunto havia se tornado o boom das políticas educacionais da ditadura. Pode-se dizer que a ditadura conseguiu criar boas escolas públicas, porém em razão de seu seguimento visto como rígido (através do derramamento de sangue), após a destituição desse estilo de governo, a alfabetização deu poucos saltos evolutivos, inclusive no inicio do Século XXI.
Meu querido e doce ChocoDiário, hoje é dia 28 de dezembro e nós reservamos esse dia para ir à fabrica de chocolate da Garoto. Foi um passeio bem divertido sem falar de instrutivo por conta do processo de produção que existe nela.
Para começar, sentir aquele cheiro forte e enjoativo de chocolate, do lado de fora da fabrica, já é uma tortura e para quem não conhece nenhuma fabrica, vai o aviso, ele é um cheiro muito concentrado e depois de alguns dias trabalhando em qualquer fabrica é bem ruim sentir esse cheiro por todos os setores e bem mais complicado conseguir comer doces depois de um trabalho desses. Então, aos chocólatras, fica o recado.
Fomos depois até o auditório da fabrica assistir a um filminho que explica e fala um pouco da sua historia. E só para constar, ela existe a mais de 80 anos no mesmo local. Após esse filminho, colocamos os jalecos e para os homens que tinham barba (como eu na ocasião), colocou-se também, um protetor de barbas. Ficamos andando na instalação por cerca de 90 minutos e o cheiro de chocolate só aumentava de tempos em tempos. Vimos o processo de criação dos bombons e de como eles são embalados, durante duas oportunidades, paramos para degustar alguns sabores e no final do passeio, chegamos ao grande barato da parada, a loja da fabrica.
Nas ultimas vezes que vim a Vitória, só gastava mais e mais din din nela, e o meu recorde foi de pouco mais de R$ 120,00 em chocolates diversos. Dessa vez, gastei um pouco menos, apenas R$ 60,00 e acho que já comprei muito. Com esse gasto, pude comprar os presentes de fim de ano para algumas pessoas e para outras cumprir a promessa de levar coisas gostosas. O problema vai ser repartir igualmente todos os bombons. O melhor é que consegui comprar uma barra de meio amargo que ainda não está disponível no mercado nacional, pontos pra viagem, isso me obriga a vir aqui outras vezes para ver as novidades da estação.
Após a fábrica o restante do dia foi um verdadeiro passeio pela cidade tentando achar um local gostoso para se almoçar, mesmo com o estomago embrulhado devido a tantos chocolates. Primeiro detalhe legal: a pessoa que conseguiu comer mais bombons numa única visita foi um Judeu, de Israel, que comeu em torno de 75 bombons de uma só vez. O outro que chegou perto, foi um cara que comeu 50 numa única visita. O segundo ponto interessante é deixar indicado que as pessoas que fazem a visita guiada na fabrica, são exclusivamente estagiários da área de turismo, quem tiver interesse em trabalhar nela, e fizer faculdade de turismo, aqui há oportunidades bacanas.
Ao fim do dia, uma parada rápida (de algumas poucas horas) no skype, para se conversar com o povo on line da lista que apesar de ter 3 pessoas nela, foi bom para mantê-los com água na boca por conta de tanto chocolate que comprei.
A pior parte foi suportar os bichinhos de luz que estavam voando para tudo quanto é lado nesse escritório. Malditos cupins, ficaram tantos aqui dentro que mesmo com ventilador e janela fechada ainda apareciam alguns de varias partes diferentes, só pararam mesmo depois de desligar tudo e ir dormir, mas isso já era 1 da manhã.
No dia 29, fiz o que mais gostei até agora, ficar parado em casa, coçando o saco, sem fazer nada e ainda conseguir trabalhar e jogar bastante o novo Zelda de DS que comprei no meu aniversario e como estava chovendo desde a madrugada anterior o dia foi fresco e bem agradável. Fazer um trabalho para um e-mail de aniversario no Corel e ensinar a minha irmã a trabalhar com o programa foi bem divertido no final do dia.
O meu dia 30, começou com um carro de gás passando com um alto falante terrivelmente alto na rua (e diga-se de passagem, com uma musiquinha super infantil falando sobre o gás da Super Gás Brás vendido nele) e um par de despertadores tocando as 6 e 6:40 da manhã pra acordar o povo da casa, ninguém merece! Sair cedo da cama foi a máxima do dia pra depois ficar sozinho de novo? Esta bem, valeu, por conta de adorar o silêncio que aqui tem bastante.
Até o próximo blog!
Thiago Sardenberg
Revisora: Thaís C. Motta -> siga-a em http://saopalavrassoltas.blogspot.com/
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Seus argumentos mediante a visão imposta pela Igreja Catolica em séculos de dominação cultural e religiosa e outros fatos historicos de grande relevancia para a sociedade. O uso desses argumentos para expressar todo um papel exercido, ou que ao menos deveria ser exercido pela literatura (sem barreiras geográficas e/ou culturais presentes em sua formação). O valor presente nas historias em quadrinhos como a mais nova 'cobaia' nesse processo de coincientização da importância da leitura para a formação de opinião e conhecimento geral. E os relatos do seu dia a dia de forma inteligente, sagaz e sempre aliada a alguma discussão sobre os fatos da vida e do mundo globalizado (fazendo com que você mesmo se identifique como mais um co-responsavel pela mudança social). Todos esses pontos positivos, não tenha dúvida que fazem e mantem o seu blog post após post, como um grande instrumento de mobilização e de responsabilidade social. Ser jovem, e desejar mudar os que estão a sua volta sem atitudes concretas, de nada vale, quando não construímos dentro de nós mesmos a coragem de lutar, ser possivelmente derrotado em batalhas, mas ainda assim nos mantermos firmes, preenchidos de nossos reais valores, na busca pela vitória da guerra, a guerra da igualdade moral, econômica e cultura, que cedo ou tarde nos levará a alcançar a maior e mais importante das igualdades: a humana. Parabéns pelo blog.
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