Faziam muitos anos que não ficava empolgado com tas revelações como as desse ano na E3.
Acompanho a feira como posso desde o início e na época havia um programa de TV chamado StarGame no Multishow e com ele ficava vidrado com as informações novas e bacanas no mundo dos games. Ao final das suas incursões a falta dessas apresentações deixaram uma lacuna que nunca foi recuperada. Mesmo que o G4 Brasil tenha existido, o The SuperStation tenha sido legendado por algum tempo e o Mok ou Zero Um façam suas partes nada se compara ao que já foi feito no passado por isso ainda sinto uma tremenda falta de certas coisas.
A internet está aí com seus múltiplos canais de conteúdo e a diversidade não falta mas ainda faltam conseguir colocar alguma programação decente disponível de volta e nesse pequeno espaço, indo por uma alternativa que outras empresas também tentam fazer sua parte vamos ao que interessa.
A Sony mostrou ousadia ao apostar no PS VR. Muitas coisas legais porém falar que não vai investir em retrocompatibilidade relançando shadow of Colossus em 4k não faz sentido algum discurso com a prática. A conferência foi bem mé mas cumpriu ao que veio... Deixou os fãs com água na boca e ainda deixou escapar, dias depois, que o evento PS Experience do fim do ano irá mostras mais novidades.
A Microsoft apresentou enfim o Xbox One X que tem muita força. Os 4k de qualidade em 60 frames num console é surpreendente. Colocar e cumprir 42 jogos em 90 minutos foi ooooooooo sinistro mesmo. Mais ainda reviver o 1° Xbox em formato de retrocompatibilidade. Ponto para a nostalgia. Algumas coisas podem ter saído não tão bem como deveriam mas na pratica foi uma boa apresentação.
EA apresentou coisas boas e o de sempre nos jogos anuais, já está fedendo mais do que deveria e fede o mesmo q ano passado. Infelizmente os jogos anuais continuarão a ser o carro chefe da empresa e os jogadores vão continuar a comprar porque? Porque só atualizar não é o importante é preciso evoluir e o jogo novo vem para isso.
Aí vem um Destiny meio diferentão, um tal de Anthen, uma senhora expansão pra o Batlefield 1, muitos jogos do Star Wars e um Indie pra lá de interessante A Way Out. Saiu não muito mal das pernas no final mas o que chamou a atenção foi um outro trabalho...
Saber que a EA tem um programa de apoio a instituições que combatem o bullying em diversos locais foi uma surpresa e tanto. Muito bom esse projeto. É bom ficar de olho nelas e ver até onde o valor investido nos jogos estão sendo distribuídos além dos próprios jogos.
A Bethesda faz o dever de casa e botou suas franquias pra virar caça níquel terrível. Skyrim, que é de 2012 é realmente uma máquina de fazer dinheiro como o GameSpot falou nos comentários pós conferência. Wolfenstein surpreende pela fidelidade gráfica a época sugerida, e já mostra que o jogo não vai fazer feio no quesito doideira e loucura juntos. Tá bonito o jogo e pela proposta o valor vai ser bem aceitável ao esperando.
Outras propostas também foram mostradas e estão bonitas mas não conseguiram sair do mais do mesmo. Fez bonito em curto tempo mas ficou uma sensação de "já vi isso antes" que não agradou muito.
A conferencia da PC Gamer foi um balde de água fria. Pra quem nunca viu uma deles foi o tipo de conferência que pode-se passar batida. Tentei ver o que eles tinham de melhor. A Intel mostrou seus novos produtos e deu muita enfase aos novos processadores mas além disso ficou um vazio muito grande. Deu até pra dormir de tão morna que foi essa apresentação.
A UbiSoft mostrou tudo que podia em menos de 90. Clássicos repaginados em novas incursões, novatos bem vindos ao plantel de jogos, um cult renovado e open world / sandbox que não fez falta no ultimo verão. Tem de tudo pelos próximos meses e vai agradar várias gerações de jogadores. Entre os Exclusivos e os de plataformas Não definidas, tem até RPG sobrando e foi logo no mobile. Destaque para Beyond Good & Evil 2 que deixou os fãs alvoroçados. A espera de 15 anos valeu. Está bonito.
A Nintendo fez o dever de casa. Foi curta nos vídeos e no quesito deixar os fãs com água na boca não tem para as outras. Destaque foi para os vídeos de 1 hora da arena treehouse depois da conferência. Muito legais as explicações e posição com relação as franquias e consoles. Não foi lá ooooo maravilha e está faltando uma space world sim mas cumpriu ao que veio.
Destaque para os jogos novos do Metroid (um novo jogo e uma releitura de um clássico, do Yoshi (novo jogo sem nome definido porém muito bonito com inovações importantes, 2 players e mecanicas diferenciadas) e a releitura de Mario & Luigi SuperStar Saga (de GBA para o 3DS com nova 2a aventura disponível no pacote do jogo).
Square Enix veio com mais FF e outros projetos mas no final só se falou em FF e foi só. Tem muitas coisas boas? Sim, cada jogo da franquia é uma realidade diferente entretanto, mais FF já cansou. Passa o bastão para a próxima franquia ou traz algumas antigas de volta porque mais FF não dá mais não. Está ficando igual a EA com suas franquias anuais, só muda a roupagem? Isso é Square Enix.
No final quem ganhou pelas apresentações? Foi a Ubisoft. Porque foi a única que mostrou como ser inovadora sem sair de suas próprias tradições. Onde não se contradizer e não alfinetar nenhuma das concorrentes foi uma ótima postura e mostrou como agradar o seu fiel público: ouvi-lo era melhor do que fazer os trabalhos serem caça níquel anual sem evolução visível.. Vitória da França de 10x0.
Outros sites e canais falaram muito da feira e mostraram vários pontos de vista diferentes sobre o que essa feira foi nesse ano. Uma feira que entra para a história como uma das mais divertidas e diversificadas já feitas em mais de 20 anos de existência.
Um bom trabalho para o meio do ano e começo de verão no hemisfério norte. O Switch está aí, o PS4 pró é uma realidade que começa a dar sinais do tempo (mas o VR é o carro chefe da Sony por ernquanto), e o XBOX One X é uma máquina comparável aos computadores mais modernos num preço aceitável.
Valeu pela feira, até o próximo ano!